A educação e as profissões do futuro

OPINIÃO - Wilson Kunze

Data 04/05/2024
Horário 05:00

Todos os dias, o mercado de trabalho passa por processos de transformação. Assim como a sociedade de modo geral, o mundo corporativo e as tarefas do dia a dia são impactados pelo alto e rápido desenvolvimento da tecnologia e da ciência. Irão surgir novas tarefas para profissões que ainda estão por vir. Fruto da evolução científica e tecnológica, cerca de 70% das crianças de hoje em dia trabalharão em profissões que ainda não existem, segundo Michael Page.
O que você precisa para ser um advogado, professor, engenheiro ou médico? A resposta é: um pedaço de papel chamado diploma. Mas e se você quiser ser um piloto de drone, analista de criptomoedas, influenciador digital, gamer, engenheiro de carro autônomo, técnico de impressora 3D, gerente de sustentabilidade, especialista em IA, YouTuber, desenvolvedor de blockchain, arquiteto de nuvem, desenvolvedor mobile, produtor de podcast ou instrutor de zumba? Não existe diploma para essas profissões. E o mais curioso é que nenhuma delas existia há dez anos.
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, com 300 mil calouros universitários americanos, concluiu que 88% dos alunos buscam uma faculdade para conseguir um emprego. Não tenho dados sobre o Brasil, mas acredito que seja um cenário similar. Ou seja, enquanto as empresas continuarem a pedir um diploma, as universidades estão seguras. Mas já vimos no começo, “70% das crianças de hoje em dia trabalharão em profissões que ainda não existem”. E por que poucas faculdades e universidades estão se mexendo para isso? Vou deixar vocês responderem essa pergunta. 
Como você acha que será o futuro das faculdades? Elas vão se juntar a marcas como Blockbuster, Blackberry e Kodak, que faliram por falta de inovação? Elas vão se reinventar? Ou não precisam mudar porque basta ensinar o fundamento das profissões tradicionais e os jovens depois se especializam?
As grandes empresas como Google, Apple, IBM, entre outras, já retiraram o diploma como um pré-requisito para suas vagas. Isso também está acontecendo no Brasil, em empresas como Nubank, Movile, Loggi e Creditas. 
Qual será o futuro das universidades? E você, o que acha do futuro do trabalho?
 

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