A evolução desse tal jornalismo

OPINIÃO - Ellen Santini

Data 15/03/2019
Horário 06:30

Quando ingressei na faculdade de Comunicação Social, até então estruturada academicamente em tronco comum, posteriormente, deveria escolher entre Publicidade e Propaganda e Jornalismo.

Diferentemente de muitos colegas de faculdade, eu não tinha dúvida. Eu almejava ser uma jornalista. Desde criança, meus pais me relatavam que era muito curiosa e a busca por respostas, sempre me motivou. 

Ainda nos bancos acadêmicos, a assessoria de imprensa me encheu os olhos e na certeza de ser uma futura profissional da área, acreditei que seria importante vivenciar o ‘outro lado da moeda’ nas redações jornalísticas.

Logo nos primeiros semestres, tive oportunidade de fazer estágio em jornais, rádios e núcleos de comunicação.

Naquela época, manuseávamos câmeras fotográficas que tiravam fotos que eram gravadas diretamente em disquetes. Isso que era tecnologia, afinal, tempos atrás, as fotos eram reveladas para daí então serem publicadas, contavam os meus colegas de redação.

Presenciei e atendi muitas vezes, assessores de imprensa chegando à redação com seus materiais produzidos para sugestão de pauta. Eles entregam disquetes que eram remetidos aos editores de conteúdo.

Ah, e o momento da checagem da informação? Essa sim era interessante, entretanto, um árduo desafio. Aliás, não sei se já ouviu isso anteriormente, mas todo bom jornalista possui suas fontes de informação.

Mas, como localizá-las, se em meados do ano de 2000, o telefone celular era um item não tão popular?

É. Assim como outras áreas, o jornalismo também mudou.

Atualmente, quem não tem um aparelho celular?

Aliás, conheço pessoas que possuem mais de um. Parece que desta forma, ficou mais fácil encontrar as pessoas certas, não é?

Na verdade, não apenas buscar fontes, pois com apenas um toque em seu smartphone, qualquer veículo de informação compartilha um vídeo, uma imagem, uma entrevista não apenas em seu território geográfico, mas para todo o mundo.

Mas, e o trabalho dos assessores de imprensa? Será que isso também mudou? Sem dúvida nenhuma. Se antes chegavam inúmeros disquetes nas redações com sugestões desses profissionais, atualmente, com um simples disparo de e-mail, o material sugerido chega até o editor, responsável pela seleção do que é ou não publicado.

Parece que assim como em outras áreas, o jornalismo também se modificou, e se desenvolveu. Agilidade. Comodidade. É a velocidade da informação falando mais alto.

E aí, quais serão as próximas inovações?

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