Cuidar de um animal de estimação envolve muito mais do que oferecer alimento e carinho. A responsabilidade dos tutores também está diretamente ligada à segurança da comunidade, especialmente de profissionais que, diariamente, precisam acessar residências e estabelecimentos. Carteiros, leituristas e prestadores de serviços são frequentemente expostos a situações de risco quando encontram cães que avançam contra eles.
Essa realidade não é distante. Só em 2024, nos 24 municípios atendidos pela Energisa Sul-Sudeste na região, foram registrados 37 mil apontamentos de alerta de cães, sendo 18,4 mil apenas em Presidente Prudente. Diante desse cenário, a empresa reuniu, nesta semana, 180 profissionais da área de leitura em um treinamento conduzido pela equipe do Canil do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) da Polícia Militar. A iniciativa trouxe orientações teóricas e práticas para reforçar medidas preventivas e reduzir riscos de ataques nas ruas.
A ação é louvável, mas não basta apenas preparar os trabalhadores. É essencial que os tutores compreendam seu papel. Manter o cão seguro em casa, evitar que ele tenha acesso à rua ou interfira na passagem de pessoas é um dever básico de convivência e de respeito ao próximo. Um portão mal fechado, uma cerca com falhas ou a negligência em segurar o animal podem resultar em acidentes graves, que atingem tanto o trabalhador quanto o próprio animal.
A convivência harmoniosa entre comunidade, trabalhadores e animais depende do comprometimento de todos. Cabe aos donos garantir que seus cães estejam bem cuidados e contidos, e às empresas, como a Energisa, seguir investindo em treinamento e orientação. O equilíbrio entre essas duas frentes é o que pode, de fato, reduzir os riscos e promover segurança para todos.
