A terceira idade

OPINIÃO - Hélio Martinez

Data 22/07/2018
Horário 05:00

O que representa o tema da terceira idade? Quando ela começa? Quando se atinge essa fase e o que acontece com a parte física e mental? São indagações, principalmente de quem está próximo da senilidade ou de ser um sexagenário. O que é certo é que a população do mundo está envelhecendo com vida saudável. A medicina evoluiu e propicia isso. O povo se conscientizou de que não é impossível uma vida mais longa, útil e com saúde. Os exercícios físicos hodiernamente são praticados pela maioria. Outrora uma pessoa com mais de 50 anos era tida e havida como de longevidade admirável. Assim, e, quiçá, mercê disso, temos que fazer reflexões diárias. Como ser útil com idade avançada? Basta continuar vivendo com fé, Deus e amor no coração. Devemos praticar mais a fraternidade.

A experiência do idoso não se adquire em livros e nem nas asperezas da vida. Aprende-se com a existência. Se analisarmos os idosos veremos que existe uma beleza e força no semblante dos mesmos. No rosto venerando, já sulcado pelos anos, encimado pelos cabelos prateados com as cinzas do tempo, extrai-se a beleza da alma, daquele que viveu e trabalhou por décadas para, ao final, entregar nas mãos dos jovens, a inteira motivação de uma luta existencial e de exemplos. Lembro-me de Victor Hugo, que preconizou: “nos olhos dos jovens vemos chamas, mas é nos olhos dos velhos que vemos a luz”. O coração, amigos, não envelhece. A alma, igualmente, uma vez forjada, amadurecida, integralizada pela personalidade, torna-se incólume.

Os idosos também amam... e como. O amor deles é saudável e perene. Não são arroubos da juventude. O idoso mantém a fé em si mesmo. Exemplos dos feitos históricos dos idosos temos que Benjamin Franklin contribuiu para o projeto da Constituição dos Estados Unidos quando tinha 81 anos de idade; Goethe concluiu “Fausto” aos 82 anos. Edison trabalhava em seu laboratório aos 87 anos. Devemos nos mirar em seres que tais. Basta não perder os sonhos. Nunca devemos deixar de ter missões, ilusões, projetos, esperanças. O fato de ser aposentado, não retira de nós a vida. Ao revés, traz-nos tranquilidade financeira (por vezes) para irmos à luta de forma diferenciada, para ajudar o próximo, o semelhante.

Tantas instituições existem em nossa cidade necessitando de ajuda. A Lúmen, o Lar dos Meninos, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Aprev (Associação Prudente Recuperando Vidas), Santa Casa, o Lar Santa Filomena, o Hospital Regional do Câncer, todos, indistintamente, angustiam por ajuda. Jamais somente financeira. É preciso o amor, o carinho, a fraternidade e a solidariedade para que esses exemplos não se findem. Assim, amigos, caminhemos para esse tipo de luta. Vamos deixar um pouco de frequentar o “Calçadão” prudentino. A filantropia os chama.

Jamais haverá força capaz de deter quem ajuda o próximo, quem sonha, quem não esquece que o tempo passou, mas não levou seu coração. Vamos reverenciar com afeição e carinho os construtores de nosso mundo, os cultores de nossa educação, os protetores de nossa saúde, enfim, os notáveis encantadores de nossa imaginação, os semeadores de nossos pensamentos. Tudo isso é emanado do imenso mérito contido na humilde figura dos idosos, sábios, experientes e dignos do tranquilo ocaso alcançado pelo escoar da existência, mas que vivem, amam e sonham sempre com fé e Deus no jovem coração, que jamais envelhece.

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