Às vezes na vida passamos o tempo buscando afirmações, atenção e amores. Afirmações levianas; atenções por interesses; amores vazios. Forte escrever isso e certamente forte ler...
Mas posso imaginar que você já passou por isso em alguns momentos em sua vida, de olhar para o livro da sua história e ler páginas escuras com tons menores e melodias tristes ao fundo. Essa é a vida, é o cotidiano que nos cabe.
Você lendo isso, pareço pessimista em relação à vida, mas a mensagem é outra. Creia! Leia a seguir...
Veja, quantas pessoas já passaram por sua vida? Centenas, milhares, e quantas você dispensou empenho para que se criassem raízes? Essa pergunta me fiz mais ou menos oito anos atrás e descobri que o empenho para que essas raízes aconteçam é imenso. Demanda tempo, trabalho, amor fraterno e perdão. Se não for assim, a raiz ficara para depois e esse depois pode não chegar nunca!
No cristianismo aprendemos que o amor ao próximo demanda demora: demora no olhar, demora no perdoar, demora no escutar e falar; não é demora no sentido de espera, é demora no sentido de ficar... não ter pressa!
O mundo de hoje nos acelera, pulamos de galho em galho, de amores em amores, amizades em amizades, igrejas em igrejas e, quando vemos, estamos sozinhos de novo com nosso celular em uma busca incessante.
É, longe daquilo que vemos no evangelho de Cristo, que vai até a casa do pecador necessitado jantar, que volta para chorar a morte de um amigo, que senta à beira do poço com uma mulher samaritana debaixo de sol forte e por ali fica até curá-la. Pois é irmãos, criar raízes demanda demora.
Quanto você e eu temos demorado em nossas relações? Quanto tempo paramos para ouvir nossos filhos, esposas, maridos, amigos ou mesmo um colega de trabalho que não tem ninguém para ouvi-lo?
Vale a rara reflexão!
A vida sem raízes em relacionamentos dificilmente valerá a pena.
