Acúmulo de água em terreno preocupa vizinhos

A Vigilância Epidemiológica Municipal irá ao local e, caso seja constatado o problema e existam larvas do mosquito, o proprietário poderá ser multado.

PRUDENTE - Estevão Salomão

Data 19/02/2016
Horário 12:31
Moradores e comerciantes do bairro Novo Bongiovani, em Presidente Prudente, especificamente os que convivem nas proximidades da Rua Angelina Berton de Azevedo, na altura do número 55, reclamam sobre o acúmulo de água presente em um terreno baldio, às margens do endereço citado. Segundo eles, e como observado pela reportagem, duas poças d’água se formaram com as precipitações das últimas semanas, ocasionando, desta maneira, um potencial criadouro do mosquito Aedes aegypti – transmissor do vírus da dengue, do chikungunya e do zika vírus.

A problemática, segundo os munícipes, é constante desde 2013, quando uma espécie de terraplenagem foi realizada no local, gerando assim o desnível de terra nas áreas citadas, compreendidas em aproximadamente 10 metros quadrados cada.

Jornal O Imparcial De acordo com moradores, acúmulo de água em terreno é potencial criadouro do Aedes

Segundo a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) irá ao local e, caso seja constatado o problema e existam larvas do mosquito, o proprietário poderá ser multado – não informando, porém, a data exata da visita.

Vale lembrar que a multa para terrenos, caso sejam encontradas larvas, é de 200 UFMs (Unidades Fiscais do Município), o que equivale a R$ 647,28. Já para imóveis é de 100 UFMs, ou R$ 323,64. Sobre a reincidência da concentração, a secretaria ainda informa que um comunicado será enviado à Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Público), a qual realizará um estudo no ambiente e, posteriormente, se necessário, enviará uma notificação ao proprietário da área, uma vez que é dele a responsabilidade pelo trabalho de escoamento.

Preocupados


De acordo com o empresário Milton Tsakamoto, 58 anos, que trabalha defronte à extensão, a realidade é a mesma "há 3 anos", e se preocupa atualmente com a incidência dos casos de dengue no município – atualizados na quarta-feira em 2.270 registros. "Esta é uma crescente, e ninguém toma providências num campo localizado em área pública", observa.

Apesar de não identificar o foco transmissor, a comerciante Maria do Carmo Pereira Santos, 61 anos, garante que "provavelmente" foi infectada com a dengue em razão do espaço descrito. "Eu peguei e agora meu marido está infectado. Possivelmente estes casos foram ocasionados pela água empoçada", acredita.

Além da possibilidade de proliferação, a adversidade é ainda mais pontual para o morador Wladimir Rodrigues Alves, 38 anos, uma vez que sua residência está situada no limite com o terreno citado. Localização que, além dos apontamentos já mencionados, tem como consequência o alto fluxo de água corrente sobre a calçada, em períodos chuvosos. "Em longo prazo haverá o comprometimento da calçada", observa.
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