O Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Adamantina informou na semana passada um novo caso de LVA (leishmaniose visceral americana) em humano. Esse é o segundo registro deste ano, de um homem de 64 anos morador do bairro Vila Cicma, que se encontra em tratamento, internado na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Adamantina.
Também na semana passada a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) de Presidente Prudente confirmou o segundo caso de LVA humana no município, em uma mulher de 60 anos do Residencial São Paulo. De acordo com a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, onde ela se encontra internada em tratamento, o estado de saúde da paciente segue estável.
Trabalhos de borrifação de veneno para combater mosquito-palha foram realizados
Em abril deste ano, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) confirmou a primeira morte por LVA na história de Presidente Prudente, em um homem de 75 anos, morador do Residencial Universitário.
A doença
A leishmaniose visceral em humanos ocorre por meio da transmissão pelo próprio mosquito, que suga o sangue para o amadurecimento dos seus ovos. Os cães não transmitem a doença, são apenas mais um hospedeiro da leishmaniose. Até então não existia tratamento para a doença, e os cães precisavam sofrer eutanásia.
No entanto, como noticiado por
O Imparcial, foi promulgada neste mês uma lei municipal que autoriza o uso de um medicamento, o Milteforan, liberado pelo governo federal para uso e isso somente em cães contaminados, não em humanos. Contudo, o tratamento deve ser custeado pelos proprietários dos animais doentes.
Os donos devem acompanhar o tratamento do animal, que será avaliado a cada três meses por um médico veterinário. Caso o proprietário não cumprir devidamente os procedimentos poderá arcar com multa de 300 UFMs (Unidades Fiscais do Município), ou seja, R$ 970.
Novos casos
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) já registra 185 registros de LVC (leishmaniose visceral canina) em Prudente, sendo 173 deles contraídos na cidade e outros 12 de outras localidades. Na sexta-feira foram confirmados 18 novos casos em bairros como: Vila Charlote, Jardim Jequitibás, Conjunto Habitacional João Domingos Netto, Jardim Mediterrâneo, Parque São Judas, Parque Imperial, Jardim Humberto Salvador, Parque Cedral, Jardim Cidade Jardim, Residencial Monte Carlo, Parque Shiraiwa, Parque Alexandrina, bairro Aeroporto e Jardim Tropical.
Ainda na semana passada, a VEM iniciou o manejo ambiental em quadras ao entorno da residência da moradora infectada retirando todo material em decomposição que deixa a situação propícia para proliferação do mosquito-palha, vetor da doença. No fim de semana, os trabalhos de borrifação de veneno para combater o mosquito também foram promovidos no Residencial São Paulo.
