Após 15 dias de investigação, a Polícia Civil de Adamantina, por meio da Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes), prendeu um agente de segurança penitenciária, 42, que atuava na unidade prisional de Lucélia. O servidor público do Estado foi pego com tabletes de maconha, R$ 79 mil em dinheiro e ainda de posse de aparelhos celulares, embalados e, que segundo o delegado Ricardo Dourado dos Santos, deveriam ser distribuídos no presídio. Ele foi autuado em flagrante e responderá pelos crimes de tráfico de drogas, introdução de celular em presídio, corrupção e associação criminosa, além de passar por um processo administrativo para fins de demissão do cargo que ocupa.
Conforme relata o delegado, as suspeitas se levantaram quando a Dise e a penitenciária receberam informações da forma com que o agente poderia estar procedendo. Do cruzamento destas informações foi deflagrada a investigação que, como ressalta Santos, contou em todo o tempo com o apoio da administração da unidade prisional. Com pouco mais de duas semanas acompanhando o caso, a polícia então decidiu agir.
Na manhã de ontem, o agente foi abordado logo ao chegar para cumprir sua jornada. As buscas pelo entorpecente começaram por uma sala a qual somente o funcionário tinha acesso. No local, foram encontrados dois tabletes de maconha. Em uma revista mais pessoal e minuciosa, mais um tablete surgiu.
Ainda segundo o delegado, o morador de Lucélia não confessou os crimes, mas alegou ser usuário de drogas. Porém, a situação do servidor se complicou ainda mais quando os celulares e a quantia em dinheiro foram localizadas em sua residência.
A Polícia Civil abriu um inquérito e agora investigará os fatos. Dentro das apurações, ela saberá também se mais pessoas estavam envolvidas no esquema. O agente penitenciário foi encaminhado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá, onde está à disposição da Justiça.