All you need is love

OPINIÃO - Luiz Kazuo Komoda

Data 22/06/2017
Horário 14:38

“Tudo o que você precisa é amor”. Essa é a tradução do título da uma música dos Beatles, muito tocada nos anos 1960. Esse sucesso é explicável: amor é algo do qual todos nós carecemos. Sua falta pode até matar. Sim, as pessoas podem morrer à míngua por falta de amor. De carências afetivas, como na história de um professor que, ao assumir as aulas iniciais, deparou com uma criança que “grudava” nele, enfiando a mão no bolso de sua calça. Ou como um garoto, que perguntou ao pai o valor de uma hora de seu trabalho, em seguida propôs pagar por esse tempo só para ter seu pai ao seu lado.

Quatro são as formas de amor: materno, ágape, eros, fraterno. O materno só é suplantado pelo de Deus (ágape). “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo, eu não me esquecerei de ti”, afirma Isaías 49:15. Amor eros refere-se ao do casamento, criado na Terra perfeita, antes do pecado. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”, diz Gênesis 1:27. “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne”, confirma Gênesis 2:24.

O objetivo do casamento é “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol”, cita Eclesiastes 9:9. Tudo que Deus faz é para sermos felizes!  

O amor fraterno está exemplificado em 1ª Tessalonicenses 4:9. “Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros”. O amor ágape, por sua vez, está descrito em João 3:16. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Nesta Terra corrupta existe também o amor maléfico. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”, relata 1ª Timóteo 6:10. Portanto, o problema não é o dinheiro e sim o amor ao dinheiro. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”, ressalta 1ª João 2:15. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”, lembra Tiago 4:4.

Mas Jesus mostra a essência do amor. “E, respondendo Ele, disse: ‘Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo’”, escreve Lucas 10:27. Deus está no topo vertical da cruz. E, fraternalmente (em nível horizontal), o “próximo”, na mesma proporção de “ti mesmo”.

Então, não existe escapatória: amar é dever meu e seu, e abrange todos, amigos ou inimigos. “Eu, porém, vos digo: ‘Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus’”, afirmou Jesus em Mateus 5:44. A amizade de Jesus em João 15:15: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando e guardar os meus mandamentos”. Viu, até Jesus “need love”, deseja amor! Podemos fazê-lo obedecendo a Lei “da liberdade”. Está escrito na Bíblia Sagrada. 

 

Luiz Kazuo Komoda é designer, fotógrafo, cronista e adventista do sétimo dia. Escreveu durante 13 anos a coluna Cotidiano Bíblico em O Imparcial. Contato: www.komoda.com.br

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