Um momento de lazer, muitos risos, disputas e, acima de tudo, interação, amizade e troca de conhecimentos. Assim foi a manhã de ontem dos alunos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e do Centro Educacional do Sesi (Serviço Social da Indústria) do Parque Furquim, de Presidente Prudente. Isso devido ao evento Paratrekking, que uniu os estudantes das instituições em momento de esporte e cidadania.
O Paratrekking é um dos 14 projetos vencedores do Acelera Jovens em Ação, em 2014, e, tem como objetivo, adaptar o trekking, que é uma caminhada orientada, com atividades paralímpicas, entre elas o basquete, vôlei sentado, boliche e a canoagem, durante a realização do trajeto percorrido. A ação contou com a presença de 42 alunos da Apae, entre 15 e 49 anos, com deficiência intelectual e física, e com 36 estudantes do Sesi do 2º ano do ensino médio, que organizaram o encontro. Juntos aos participantes da associação se dividiram em cinco equipes – azul, amarela, laranja, vermelha e verde – para participar das atividades.
Iniciativas do Paratrekking foram desenvolvidas, na manhã de ontem, no Sesi do Parque Furquim
Segundo a coordenadora pedagógica do Sesi, Eliane Bertaco Ramos de Paulo, os estudantes é quem são os "protagonistas" do evento, pois desenvolveram todo o projeto, que contou com o apoio de educadores, e a programação de ontem, bem como os convidados da Apae, que colocaram em prática as ações planejadas. "Entramos em contato com algumas instituições e a Apae se colocou à disposição de participar. Estamos muito felizes com a iniciativa dos alunos e com a vinda dos membros da associação", explana.
Acompanhando o evento os professores de educação física Flávio Lacerda e Zirlene Cocato dizem que a atividade é extremamente importante, já que envolve valores indispensáveis dentro da pedagogia do esporte: superação, respeito, cooperação, excelência, "f
air play" (está ligado à ética no meio esportivo), entre outros quesitos. Além disso, pontuam a troca de experiências e a oportunidade de conhecer melhor os alunos da Apae. "Uma oportunidade de convivência, de conhecimento", esclarecem.
Já a coordenadora e o professor do programa das oficinas profissionalizantes da Apae, Adriana Paula Oliveira e Jorge José da Silva, afirmam que o encontro é uma forma de valorização e socialização entre os estudantes das duas instituições. "É algo muito gratificante e enriquecedor. A possibilidade de integração e lazer, através de uma atividade física", relatam.
Para o coordenador dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Presidente Prudente, Douglas Kato Pauluzi, o mais importante, no evento de ontem, é perceber que os estudantes do Sesi estão preocupados com a questão da inclusão social. "Fico feliz com esta iniciativa, o envolvimento e a disponibilidade que tiveram para realizar este momento com aqueles que possuem algum tipo de deficiência", ressalta. O coordenador afirma que todos "saem ganhando", no que diz respeito ao crescimento e amadurecimento pessoal.
Estrelas do evento
Desde a chegada na escola, todos os envolvidos não esconderam o entusiasmo, a ansiedade e expectativa pela atividade que iria ocorrer. Uma das organizadoras do projeto, a estudante Lara Cristina Leôncio da Silva, 15, diz que a emoção era grande e que logo nos primeiros contatos com os convidados pôde sentir o carinho e a alegria de todos em participar da manhã esportiva. "É algo que projetamos há meses. Todos estão felizes com este dia", explica.
"Estou muito contente em participar deste dia", afirmou o aluno da Apae, Luís Henrique da Cruz. Ele, que se diz um amante do esporte, explica que, mais que ganhar, o importante é competir e participar das provas. "Gosto de esporte e acho ótimo praticar. Estou animado e quero fazer todas as atividades", ressalta.
