Alunos da Etec recuperam mata ciliar

Área desmatada fica no entorno de pequena represa localizada na instituição; ao todo, 40 estudantes participaram da ação

PRUDENTE - Stephanie Fonseca

Data 21/09/2013
Horário 00:14
 

Para recuperar uma área desmatada entorno de uma pequena represa localizada na Escola de Ensino Técnico (Etec) Professor Doutor Antônio Eufrásio de Toledo, o Colégio Agrícola de Presidente Prudente, 40 alunos do curso técnico em Floresta da Etec, acompanhados e orientados pelo engenheiro Florestal e professor do curso, Renato de Araújo Ferreira, plantaram uma média de 20 mudas no local. A iniciativa faz parte do Projeto de Recuperação de Mata Ciliar da instituição. Realizada toda semana, a ação foi intensificada na manhã de ontem, devido a Semana da Árvore.

Jornal O Imparcial Alunos trabalham com a recuperação da mata ciliar por meio de projeto da instituição

Desde 2011, o projeto está ativo e, segundo Ferreira, ainda falta ser recuperada uma área de extensão com cerca de 1 mil metros quadrados (m²). "Toda semana nós fazemos alguma atividade, às vezes, é uma palestra com orientações e a prática. Aqui funciona como um laboratório para os alunos do curso técnico em Floresta", ressalta Ferreira. Conforme ele, esta iniciativa também é um meio de atender a um artigo do Código Florestal, o qual exige que haja mata ciliar no raio de no mínimo 50 metros (m) do entorno de rio, lago, córrego ou represa.

O professor explica que a mata ciliar é a floresta que fica no entorno da água e tem o objetivo de proteger o rio ou represa contra desbarrancamento e assoreamento. Também serve como corredor ecológico para os animais chegarem até a água. Ele ainda diz que o nome se dá porque "assim como os cílios protegem nossos olhos, a mata ciliar protege nossos rios e represas", completa.

Ferreira afirma que o plantio deve ser feito com as técnicas corretas para que a planta não morra. "Nós até vemos pessoas que plantam e se preocupam, mas não o fazem da maneira correta ou plantam espécies erradas para o local e a muda não se desenvolve", diz ele. O professor completa que o curso, além de orientar e conscientizar  os alunos sobre cuidados com a natureza, mostra e ensina a eles a forma correta de praticar a ação do reflorestamento. Para reflorestar uma área com curso de água, Ferreira afirma que existem espécies específicas, como pé de amora, pau pólvora, sangra d’água, pimenteira, ingá, aroeira, entre outras diversidades.

As alunas Beatriz de Lima, 15 anos, e Ana Beatriz Lourençoni, 15 anos, começaram o curso esse ano justamente para aprender como cuidar corretamente da natureza. "Esse curso chamou a atenção porque gosto de cuidar das plantas e animais", conta Lima. "O resultado dá uma alegria enorme. Ver as árvores grandes e falar que nós que as plantamos ali, é muito legal", diz Lourençoni.

Além da recuperação, o Colégio Agrícola também trabalha com o Projeto de Produção de Mudas para plantio em áreas de recuperação, de eucalipto e para a comunidade. Segundo o professor, são feitas doações se a quantidade for pequena.

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