Alunos participam da revisão de Plano Diretor

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 14/04/2016
Horário 17:09
Despertar a visão social e a participação nas decisões do município desde pequenos. Estes são alguns dos pontos que compõem a integração e participação dos alunos de 29 escolas da rede municipal de ensino de Presidente Prudente na revisão do Plano Diretor da cidade. A iniciativa é desenvolvida com os estudantes do 5º ano do ensino fundamental e abrange as crianças na faixa etária de 10 e 11 anos. Destas instituições de ensino, oito ainda foram selecionadas para fazer parte do projeto Pequeno Cidadão, desenvolvido em parceria entre a Seduc (Secretaria Municipal de Educação), Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) e alunos e professores da Facopp (Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente) da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

Jornal O Imparcial Projeto é realizado com alunos do 5º ano da rede municipal

De acordo com a pasta de Planejamento, a previsão é que até o fim do primeiro semestre, trabalhos técnicos e de mobilização social estejam concluídos. Após isto, o documento será encaminhado para análise, sugestão e aprovação da Câmara Municipal. A revisão e adequações do Plano Diretor Municipal tiveram início em 2015.

Jornal O Imparcial Mariana: "Conversamos sobre como fazer uma cidade melhor"

O ato ocorre há cada 5 anos e segue um cronograma nacional, que prevê a reestruturação e adequações necessárias, levando em conta atender as mudanças pelas quais a cidade passa. Durante os trabalhos, os representantes do Executivo percorrem os bairros do município, visitando todas as residências e levantando junto aos moradores quais os problemas existentes na rua e no local onde moram.

Jornal O Imparcial Antônio: "Os alunos são os futuros agentes transformadores"

 

Atividades

Para a responsável pela mobilização social da revisão do Plano Diretor de Prudente, Paulina Paulino, e o gestor da Seplan, Laércio Batista de Alcântara, o envolvimento das crianças nas discussões e sugestões do plano é uma forma de estimular os pequenos a opinar, contribuir e participar nos desafios e mudanças que envolvem o bairro em que moram e, consequentemente, a cidade. Ou seja, contribuir com as ações e planejamentos para o futuro deles.

Jornal O Imparcial Participante do projeto, Gabriel diz que os buracos das ruas têm que ser arrumados

Com esta visão social, atividades são propagadas nas 29 escolas. Nas instituições selecionadas para o projeto Pequeno Cidadão, os alunos participam de momentos de bate-papo, assistem vídeos e falam sobre o que consideram que precisa ser mudado para melhorar o município. Ainda são feitos vídeos institucionais que, depois de concluídos, serão anexados junto às demais informações, sugestões e conteúdo que compõem o documento no portal do Plano Diretor.

Já as outras 21 unidades de ensino, conforme Paulina, uma série de atividades também são feitas com os estudantes do 5º ano, "sempre com a orientação e estímulo de um professor". Além das discussões que ocorrem, a responsável lembra que as crianças fazem desenhos retratando o assunto. Ela diz que os melhores trabalhos de cada uma das salas serão escolhidos – por meio de uma equipe avaliadora da entidade – e enviados, dia 25 de abril, para que também sejam anexados no portal do Plano Diretor.

 

Visão

Para a diretora da Escola Municipal Professora Carmem Pereira Delfim, Ana Lucia Mendes de Almeida, e o professor do 5º ano, Antônio Marcos Alves Failli, a integração e o envolvimento das crianças nos assuntos que envolvem a rua, bairro e cidade em que residem é "essencial", pois é uma maneira de expressar o que pensam e acreditam que precisa melhorar. "Eles possuem senso crítico e são os futuros agentes transformadores", citam. Além disso, mesmo pequenos, estão "bem ligados" no que acontece ao seu redor. Tanto é verdade, que, segundo Antônio, o principal problema lembrado pelos alunos foi a questão da dengue e a falta de conscientização das pessoas.

A aluna Mariane Matos de Paula Souza, 10 anos, diz que é preciso escutar a opinião de todos. Para ela, é importante que o município tenha mais segurança e que as pessoas se respeitem mais. "Conversamos sobre como fazer uma cidade melhor", aponta. Para o pequeno Gabriel Santos de Lima, 10 anos, as atividades são uma forma de ajudar o bairro em que vivem. Sobre os problemas que ele e os colegas conversaram e acham que tem em Prudente, Gabriel cita as ruas esburacadas. "É preciso que elas sejam arrumadas", conta.
Publicidade

Veja também