Alunos participam de projeto contra dengue

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 17/03/2016
Horário 10:06
 

As crianças têm sido peça fundamental nas ações de combate e prevenção à dengue em Presidente Prudente. Consideradas por representantes de órgãos municipais como "os pequenos agentes", os menores não têm vergonha de "cobrar" os pais nos cuidados que devem ter em casa para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, chikungunya e zika vírus, e disseminam as informações aprendidas nas escolas para os demais familiares e vizinhos. Ciente desta participação e contribuição social dos pequenos, a LBV (Legião da Boa Vontade), de Prudente, colocou em prática o projeto Diga não ao Aedes aegypti.

Jornal O Imparcial Projeto vai envolver os 220 pequenos que frequentam a LBV

A iniciativa começou há um mês e deve envolver todas as 220 crianças que participam das atividades desenvolvidas na instituição. Segundo a educadora social Amanda Bravo Perucci, que idealizou o projeto junto com a assistente social Tânia Rizzo, o objetivo da ação foi envolver os pequenos nas discussões que tangem o problema da dengue. Ela ressalta que, até o momento, cerca de 120 crianças já fizeram as atividades que compõem o projeto. Explica ainda que a intenção era propagar o ato por um mês, porém, lembra que o envolvimento dos menores "foi tão expressivo", que o projeto deve ser prorrogado por mais um mês.

 

Atividades

Durante o período de atividades, as crianças fazem recortes de assuntos sobre a dengue, falam sobre a importância de eliminar os objetos que acumulam água e podem servir para os mosquitos depositarem os ovos, fazem dinâmicas e produzem cartazes informativos para expor na entidade. Amanda lembra que um dos canais de informações utilizados, diariamente, pelos pequenos, são as reportagens sobre dengue publicadas por O Imparcial, inclusive, as dicas que, neste mês, são dadas na tarjeta de capa deste veículo. "Todos os dias eles se reúnem, recortam as matérias e, juntos, falamos sobre as novas informações", frisa a educadora social. As frases foram publicadas de 13 de fevereiro e seguem até amanhã.

 

Conscientização

Para a psicóloga da LBV, Nancy Ribeiro, e um dos membros da instituição, Thiago Ferreira, a criança tem a espontaneidade de abordar o assunto nas escolas, com os pais, amigos, professores. Eles lembram que os pequenos não têm vergonha de pedir para que as pessoas tenham cuidado com a dengue, que façam seu papel preventivo e, com isso, propagam a conscientização entre a comunidade.

 

Sabem o que falam

Engana-se quem pensa que os pequenos não sabem do que estão falando, pelo contrário, abordam a questão da dengue como algo "sério e que requer atenção das pessoas". Com 7 anos, João Vitor da Silva acha a dengue "muito perigosa", por isso, todos têm que combater o mosquito. Sobre o projeto, ele afirma que "é gostoso fazer as atividades e participar da iniciativa".

A pequena Sara Chumosqui, 7 anos, por sua vez, lembra que pessoas já morreram em Prudente por causa da dengue. Então, como ela mesma expressa, "não pode deixar lixo e entulhos nos quintais, para evitar os focos de criação do mosquito". Abordando as atividades feitas sobre o tema na LBV, Sara lembra que os participantes pintam, fazem recortes de notícias e falam sobre a dengue.
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