“As cortes são, inquestionavelmente, as sedes da polidez e da boa educação; não fosse assim, elas seriam a sede de mudanças e desolação. Os que hoje sorriem e se abraçam, se enfrentariam e apunhalariam, uns aos outros, se os bons modos não se interpusessem...” Lord Chesterfield – 1694/1773.
O momento é delicado, caso consideremos ser demasiado ou controverso. É quando, da mesma modalidade esportiva, fazer de uma subdivisão de que aquele grupo não pertence ao outro. Portanto, as competições ditas oficiais de um calendário divulgado por alguma instituição, mesmo credenciado de seus valores, esse grupo não se insere e nem participa do evento. Lastimável, além de muito triste mesmo. Acredito ser extraterrestres, será?
Mas desmistifiquemos esse tão sombrio e bem iluminado momento de “ego” – que consideramos ser o “egocentrismo gonorreico obstruído”, que infelizmente muitos adotam e não largam. É preciso, caso entendam que precisam, fazer seu procedimento urgentemente. Que hoje, seja nas melhores casas de procedimentos cirúrgicos do país. O momento se torna emblemático e ineficaz quando se diz que o esporte pode ficar para amanhã. É o mesmo quando se comprava fiado no armazém do Zé do bar conhecido da esquina, dizendo que pagaria amanhã... pois muitos não pagavam e se perdia a confiabilidade de freguês de crédito bom. Os tempos são outros.
É preciso se ater firmemente do que realmente ousar com propósito de se criar um “conselho municipal”, mesmo de sua chatice dos encontros e que às vezes nunca resolvem nada. Mas, por uma questão correta e necessária de que somente através dele os projetos bem elaborados, que quando criados, são propulsores de que o esporte precisa na busca serena por verbas vindas diretamente da fonte incentivadora. Cabendo principalmente aos gestores públicos, já que se prontificaram de quando convidados a encarem os desafios. Mesmo eles, um dia na plenitude de ter vivenciado como atleta soberano de alguma modalidade, e que jamais poderiam imaginar hoje, como representantes de alguma sede...
E esse complemento pode e deve vir principalmente também da Câmara Municipal, que infelizmente não tendo um representante assíduo do esporte, tranquilamente, entendem que movimento está ligado à saúde e educação, desde que saibam da sua necessidade de caminhar juntos. O discurso de que o esporte muda vidas, de que o professor é a maior profissão de todas, não funciona mais. Já passou da hora de descer do palanque e ousar de sua criatividade em meio à população. Verbas impositivas (ou dispositivas), essas precisam ser direcionadas com afinco de valor agregado. E como diz um nobre colega e gigante professor: tudo isso é exequível! Basta querer!
Quando digo a “velha guarda”, são os verdadeiros mentores do esporte prudentino (e região também). Que incansáveis desde já, resolveram sair de seus habitats, pois acreditam que ainda podem e não vão descansar. Que não dormem, não largam e nem se abstêm de seus valores dados quando gestores de um tempo pelo esporte, e que sabiam fazer do impossível o melhor que poderia ser. Citar seus nomes, não seria conveniente, pois alguns que já nos deixaram, poderiam se rebelar, se remoer lá embaixo e ficaríamos até constrangidos... E na maioria das vezes não somos lembrados pelo que fazemos, mas sim, como fazemos. E nisso ninguém está fora desse grande “conceito”.
Às vezes fica na insanidade do poder público em não aceitarem certas mudanças, e se rendem que existe essa necessidade de se formar um conselho municipal. Carência de uma filosofia prática de nosso esporte. Estamos diante de um grande cenário chamado de elefante branco em Presidente Prudente, quiçá até de outros lugares.