APE assina um "Contrato de Riso", no sarau deste sábado

Poetizando, presidente da Associação, Carlos Francisco Freixo, destaca o tema deste mês: "afinal nossos dias exigem disposição, contentamento, buscamos a felicidade diariamente"

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 21/04/2018
Horário 10:19

Sempre levamos a sério o dia a dia. E, em cada conquista, a alegria de saber que o suor nos irradia para, ao fim da tarde, em nossa trova, às 19h30, deste sábado comprova o encontro mensal da APE (Associação Prudentina de Escritores) para o “Contrato de Riso”, tanto na prosa, quanto poesia. Evento que pede a doação de um quilo de alimento não perecível, qual é repassado a uma entidade beneficente de Presidente Prudente será realizado no Centro Cultural Matarazzo.

Como não poderia ser diferente, o poeta e presidente da associação, Carlos Francisco Freixo, poetisa tudo. Segundo ele porque está tudo muito sério. Todos têm razão. O outro sempre está errado. E então pergunta: “e se a gente redescobrir o riso? E se a gente se olhar no espelho para perceber que somos o contrário do que o reflexo nos apresenta? Afinal, de que lado estamos? Estamos do lado da humanidade. Buscamos constância, leveza, continuidade. E isso só é possível com bom humor. Afinal nossos dias exigem disposição, contentamento, buscamos a felicidade diariamente”.

Freixo acentua que é com este propósito que estão prontos para este sarau: para brincar, rir cada um de si mesmo, perceber os absurdos que vivenciam e mudar a disposição de caminhar em busca de um emocional mais elevado.

“Todos os temas permitem que a gente leve a sério ou brinque com a realidade que se apresenta. Mas, quem disse que rir é pecado? Quem disse que ao rir você não leva a sério a rotina. É desta maneira que estamos prontos para este sábado – em pleno feriado – para um momento descontraído. Millôr Fernandes sintetiza a nossa ideia: ‘o humor compreende também o mau humor. O mau humor é que não compreende nada”, cita o presidente escritor.

De acordo com o professor, é dessa maneira que a nossa rotina se transforma em prazer; nosso dia a dia vira motivação e cada encontro se renova. Além dos habituais escritores da APE, Celso Aguiar marca presença na cenografia; Samogim, Rodrigo Campos (música); palhaço Binho; Grupo de Dança com Ioma Buonamice, entre outros artistas.

 

“E se a gente redescobrir o riso? Olhar no espelho para perceber que somos o contrário do que o reflexo nos apresenta? Afinal, de que lado estamos? Do lado da humanidade. Buscamos constância, leveza, continuidade”

Carlos Francisco Freixo,

presidente da APE

 

Em maio

No próximo mês, no dia 19, a associação apresentará o tema: “Panis Et Circensis” em que Freixo traz na resenha: “Mas, pode chamar de Tropicália: fundindo forma e conteúdo dentro de uma perspectiva que juntasse as características brasileiras e internacionais, arranjos de Duprat, unindo a tradição erudita com o rock jovem da época, dão o suporte às cenas urbanas retratadas no disco. O assassinato em Panis Et Circenses; a industrialização e a falsidade do mercado de consumo em Parque Industrial; as maravilhas e contradições brasileiras de Geleia Geral, documentado no momento em que o Brasil solidificava a urbanização das cidades e suas consequências”.

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