Apesar de reajustes, vendas de materiais escolares começam a aquecer

Em Presidente Prudente, lojas do segmento relatam cenário mais favorável do que o mesmo período do ano passado

PRUDENTE - CAIO GERVAZONI

Data 09/01/2022
Horário 05:25
Foto: O Imparcial
Em Presidente Prudente, lojas do segmento relatam cenário mais favorável do que o mesmo período do ano passado
Em Presidente Prudente, lojas do segmento relatam cenário mais favorável do que o mesmo período do ano passado

Com o fim das festas de final de ano, outro segmento do comércio volta a ganhar destaque: o de materiais escolares. A reportagem de O Imparcial consultou alguns estabelecimentos em Presidente Prudente para saber sobre o atual cenário de vendas e a projeção que os lojistas do ramo pretendem ter até o início do ano letivo.

Gerente de vendas da Papelaria Prudentina, Nathália Seguesi, conta que a expectativa da loja é que o cenário de vendas volte a se equiparar ao de 2019, já que em 2020 e 21 a queda do movimento foi expressiva devido a pandemia. “Desde de dezembro estamos tendo uma grande procura, que neste ano está sendo um pouco mais antecipada. Ano passado foi um ano atípico, então, esperamos que o movimento seja semelhante ao de 2019”, pontua. Ela relata que os materiais escolares sofreram reajustes em meados de 2021. “Especificamente para a volta às aulas, não teve reajuste. Os materiais tiveram alta de acordo com o que foi chegando em agosto do ano passado por conta do aumento do preço do plástico e da borracha, por exemplo”, conta Nathália.

A proprietária da Papelaria Imperial, Hilda Ramos, também, espera que o movimento seja melhor para 2022, comparado ao mesmo período de 2021. “Olha, penso que estipular algo é meio que um chute, mas a expectativa é boa. A gente imagina que haja um aumento de 30% para 2022, até porque no ano passado foi bem parado”, especula. Hilda narra que já no último mês do ano passado a demanda por alguns itens foi maior. “O movimento forte mesmo é do meio de janeiro para frente, mas dezembro foi um mês melhor, vendamos bem mais do que no mesmo período de 2020 por exemplo”, narra a proprietária do estabelecimento, que completa que o material escolar deve ser visto como investimento pelos pais. “A imprensa muitas vezes relata que o material escolar é o vilão das contas no começo do ano, mas se pegarmos os gastos de uma família, vemos que é um gasto mínimo. O pessoal esquece disso, mas o Brasil deve investir em educação e os materiais são destinados para isso”, argumenta Hilda.

Funcionária da JN Papelaria, Julia Souza, pontua que a maioria dos materiais escolares estão um pouco mais caros e que pelo fato do estabelecimento ter o público universitário como foco as vendas ainda não estão tão aquecidas. “Lá para o meio deste mês, o movimento começar a ser maior. Ao longo do ano passado, os preços de diversos itens tiveram aumento”, narra a vendedora.

 

ITENS

BÁSICOS

Listamos a base de preço dos itens básicos que compõem os materiais escolares, que foram consultados nos estabelecimentos de Presidente Prudente pela reportagem de O Imparcial. Entre eles estão a tradicional caneta esferográfica, lápis preto, conjunto com 12 lápis de cor, borracha, caderno de dez matérias, cola branca e mochila escolar:

 

ITENS:

BASE DE PREÇO:

Caneta esferográfica azul 1mm

De R$ 1 a  R$ 1,50

Lápis preto

De R$ 0,30 a R$ 1,90

Conjunto com 12 lápis de cor

De R$ 3,95 a R$ 20

Borracha tamanho médio

De R$ 0,25 a R$ 0,75

Caderno dez matérias

De R$ 16,00 a R$ 40,00

Cola branca 110g

De R$ 2,50 a R$ 5,50

Mochila escolar básica

De R$ 35 a R$ 110

 

“Pela insegurança do momento toda economia é bem-vinda”, relata economista

Além da consulta aos estabelecimentos do segmento de materiais escolares, a reportagem de O Imparcial também conversou com o economista Moises Silva Martins, que falou sobre uma perspectiva a respeito de dicas de como os pais podem economizar com a compra do material e se a reutilização dos itens de anos anteriores é uma boa saída.

Para Moises, pela demanda menor nos anos anteriores por conta do ensino remoto, 2022 será um ano atípico para a venda dos itens devido a retenção da inflação nos materiais escolares. “A inflação para esses produtos estava represada levando em consideração que nos dois anos anteriores tivemos um consumo moderado devido ao estudo ter sido online”, explica. Segundo o economista, “pela insegurança do momento toda economia é bem-vinda” e, por isso, Moises lista algumas dicas que podem auxiliar os pais na hora de economizar com a compra dos itens de estudos dos filhos:

- Procurar por lojas especializada e com estoque antigo;

- Fazer o reuso de material antigo;

- Comprar o material apenas para o primeiro semestre;

- Imprimir livros que estão na Internet;

- Formar cooperativa de compra com outros pais;

- Negociar desconto com os estabelecimentos;

- Parcelar a compra somente quando o valor da prestação for suportável;

- Quando for comprar, não levar os filhos;

  “Então, pesquisar, planejar e sair de casa já com a segurança do planejamento pode ajudar na redução de mais de quinze por cento das compras”, completa o economista Moises Silva Martins.

 

 

 

 

 

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