Após 4 meses de coleta, 35,84% das cidades têm censo concluído na região

Após quatro meses do início da coleta do censo demográfico de 2022, 35,84% das cidades da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo concluíram o levantamento de dados, conforme dados atualizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira. A previsão inicial era finalizar o procedimento em 31 de outubro, mas o prazo foi prorrogado até o início deste mês.

A reportagem entrou em contato com o IBGE para saber se deverá ocorrer nova prorrogação. Em nota, o instituto comunicou que realizará, na próxima terça-feira, um balanço para detalhar a situação atual e as perspectivas quanto ao encerramento da coleta.

No universo de 53 cidades que compõem a região de Prudente, as 19 que atingiram 100% de progresso foram Caiabu, Caiuá, Estrela do Norte, Flora Rica, Iepê, Mariápolis, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Monte Castelo, Nantes, Nova Guataporanga, Ouro Verde, Paulicéia, Ribeirão dos Índios, Sagres, Sandovalina, Santa Mercedes, Santo Expedito e São João do Pau d’Alho.

Treze municípios (24,52%) apresentam avanço acima de 90%; 12 (22,64%) estão com progresso superior a 80%; cinco (9,43%) superaram o índice de 70%; e dois (3,77%) estão com mais de 60% concluídos. Em Tarabai, o avanço é de 50%, faltando metade dos setores para concluir. Já em Marabá Paulista, houve 36,4% de progresso, de modo que 63,6% ainda estão em andamento (veja a evolução por município na tabela que acompanha este material).

Maior cidade da região, Presidente Prudente, que possui 397 setores, está com 94% de conclusão. Outros 5,8% estão em andamento, enquanto 0,3% ainda não foi iniciado.

Número baixo

Para o sociólogo prudentino Marcos Lupércio Ramos, a conclusão do censo em 19 cidades representa um número baixo, considerando que são quatro meses de coleta de dados e há alternativas quando o recenseador não encontra o morador na casa. “Nesse caso, é deixada uma anotação com o número do celular e/ou e-mail do recenseador da área e informando que o questionário pode ser respondido por meio do aplicativo de mensagens ou mesmo por e-mail. Portanto, esse baixo índice não se justifica”, avalia.

Segundo ele, três possibilidades podem explicar o cenário: a quantidade insuficiente de recenseadores para dar conta da demanda; o baixo interesse de parte da população em querer responder às perguntas do censo, especialmente por aqueles que não são encontrados em suas residências; ou, por fim, uma combinação dos dois fatores anteriores.

“Em todo caso, está se formando um cenário muito triste. A falta de dados sobre a população brasileira não permite ao governo a atualização das informações e, consequentemente, há prejuízos no desenvolvimento de políticas públicas, como o acesso a moradias populares, à educação e à saúde”, pondera.

Progresso do censo demográfico nas 53 cidades da região

Fonte: IBGE