Após inflação, preços de hortifrutis devem cair

Estimativa da unidade da Ceagesp, em Prudente, é que nas próximas semanas consumidores percebam melhora na qualidade dos produtos e valores mais baixos

PRUDENTE - Estevão Salomão

Data 19/02/2016
Horário 12:29
Após pelo menos três meses de inflação, o cenário das ofertas e qualidade das hortaliças na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), em Presidente Prudente, de acordo com gerente da unidade, Ivandro Maciel Sanches, deve se tornar "o mais favorável possível", uma vez que é esperada a queda de valores em hortifrutis para as próximas semanas. Apesar de não especificar quais produtos sofrerão decréscimo nos valores, a administração do local garante que "a grande maioria apresentará queda devido ao clima". O que representa, inclusive, o estímulo em vendas, que neste ano deve se igualar a 2015, quando as cifras atingiram um montante de R$ 99.545.715,58.

Em âmbito local, esta é uma nova análise desde a publicação do Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em 26 de janeiro, prevendo o mantimento de altos valores e a decadência de padrão em verduras e legumes durante o 1º trimestre deste ano. Por sua vez, o gerente da companhia garante a total normalização a partir do fim de fevereiro, um mês antes ao divulgado pelo órgão federal.

Jornal O Imparcial De acordo com a Ceagesp, maioria dos produtos ficará mais barata até o fim deste mês

Segundo Ivandro, as fortes chuvas e as altas temperaturas registradas desde o fim de 2015 foram os fatores cruciais para a inflação das ofertas, sobretudo em relação à característica de cada produto. "As unidades chegam custando caro e apresentando baixa qualidade na companhia, e assim são repassadas, tendo como consequência baixas vendas", expõe.

Entretanto, como explicado, com a regularização do ambiente climático, observada por meio do controle de chuvas e de temperaturas, a tendência é que os valores, de maneira geral, registrem declínio. "A expectativa para este ano é repetir a média de 2015", estima Ivandro.

Com isso, o gerente espera superar o cenário registrado nestes primeiros meses do ano que, de acordo com ele, foi a retração do movimento mensal, bem como a diminuição da quantidade de saída dos produtos.

Permissionários


Entre os 92 permissionários registrados na Ceagesp, o agricultor Alex Brunholi, 35 anos, menciona que a regularização do segmento ocorre de maneira gradual, haja vista a dependência do comportamento climático. "A maioria dos legumes e verduras está com preços elevados, porém, com a possível queda, estes sofrerão retração média de R$ 0,50", adianta.

Para o permissionário Jorge Mizukoshi, o panorama esta estável desde o início do ano, no entanto, esta estabilidade possui relação com a alta economia. "Os valores vão cair gradativamente, conforme a mudança do clima", diz.

Perspectiva favorável para o comerciante Ermelindo Rodrigues, 65 anos, que diariamente compra produtos para revenda. "O consumidor está sentindo a crise, e espera o mais rápido possível a queda nos valores. É com certeza uma oportunidade para as vendas", salienta.
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