Distinguir as práticas terapêuticas diversas e a prática do profissional da psicologia tem sido cada vez mais necessário. Começamos a reflexão destacando a diferença entre os termos terapia e psicoterapia. Para que um profissional se defina psicoterapeuta é necessária formação de no mínimo cinco anos. Dessa maneira, a forma como ele vai atuar, onde, em qual formato e abordagem, é algo complementar.
Pessoas formadas em Psicologia podem escolher atuar em: clínica, familiar, organizacional e do trabalho, saúde pública, tráfego/trânsito, esportes, educação, desenvolvimento atípico, hospitais, judiciário, pesquisa científica, docência, dentre outras possibilidades.
E todas essas psicologias estão a serviço de quem? A serviço do ser humano! Do seu desenvolvimento, comportamentos, relações, amadurecimento, autoconhecimento, autocontrole, bem – estar em diferentes esferas. Neste sentido, é papel do profissional, respeitar o compromisso ético em prol de preservar os direitos e garantias de todas as pessoas, sem distinções de raça, etnia, classe social, identidade de gênero, deficiências. Como é possível verificar nos Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Psicólogo:
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Nós, psicólogos, assumimos responsabilidades em seguir este Código de Ética e isso independe da área que estamos atuando. Diariamente me faço essa reflexão e incito vocês, colegas psicólogos ou aspirantes a psicólogos, a também refletirem sobre nossas práticas e papel na sociedade, enquanto pessoas que carregam estes compromissos éticos. Cito abaixo parte do que nos é vedado pelo Código de Ética (Art. 2º):
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais;
c) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;
Acredito que agora, você que chegou até o final, consiga ter mais repertório para responder ao questionamento inicial: “As psicologias servem a quem?”
