Autoridades se reúnem em audiência para reforçar compromisso com segurança nas escolas de Prudente

Em evento realizado pelo Ministério Público nesta sexta, Prefeitura e polícias Civil e Militar destacaram projetos desenvolvidos com objetivo de frear ataques nas unidades de ensino

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 05/04/2024
Horário 17:33
Foto: Rodolfo Viana/Secom
Audiência pública ocorreu nesta sexta-feira, na Câmara Municipal
Audiência pública ocorreu nesta sexta-feira, na Câmara Municipal

O MPE (Ministério Público Estadual), por meio do promotor de Justiça Marcos Akira, realizou, na manhã desta sexta-feira, uma audiência pública sobre a segurança nas escolas públicas e privadas de Presidente Prudente. A reunião ocorreu na Câmara Municipal e contou com a presença de membros da Prefeitura, Polícia Militar, Polícia Civil e casa de leis.

Na plateia, também estiveram presentes os integrantes da Militium Consultoria e Treinamento, empresa responsável pelo programa Segurança no Ambiente Escolar, projeto pioneiro que está sendo implantado em escolas da rede municipal de ensino.

O major da Polícia Militar, Júlio Domingues, foi o primeiro a ocupar a tribuna para explanar sobre o trabalho que tem sido realizado pelo grupo, em especial, a Polícia Militar. “Atualmente, a PM conta com três programas: ronda escolar, Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência] e Vigilância na Unidade Escolar, com a participação da comunidade e vizinhança”, explicou.

Ainda conforme o major, Prudente possui 140 instituições de ensino, entre escolas municipais, colégios particulares e universidades.

De acordo com a delegada da Delegacia Seccional de Polícia Civil, Ieda Maria Cavalli Filgueiras, Prudente sedia um departamento com 67 municípios. “Nosso papel é a repressão ao crime. Aqui, nessa audiência, viemos reafirmar uma parceria firmada com os estabelecimentos de ensino após a circulação das notícias sobre supostos ataques em Prudente, que não se confirmaram. Viemos mostrar as ações positivas que têm sido feitas nessa rede de proteção”, expôs.

Escola segura

Marta Primo de Oliveira, secretária Municipal de Educação, ressaltou sobre a importância do momento. “Educação é prioridade em nosso município. Escola é um lugar de acolhimento, de cuidado, cuidado também com o entorno e a comunidade. A escola precisa estar segura para cumprir seu papel, que é o de ensinar e de aprender. Como representante da Seduc e da administração municipal, já estabelecemos metas para 2024, que estão sendo aplicadas, juntamente com as ações implementadas por este grupo”, afirmou.

O prefeito Ed Thomas (MDB) agradeceu ao promotor Marcos Akira pela preocupação e presença constante. “O promotor Akira é a autoridade que mais conhece a realidade das escolas de Prudente e região, sempre disponível para atender a todos os chamados. Após um período de medo, quando houve os ataques, chegamos a esse momento de compartilhamento e ações. Agora, podemos partilhar conhecimentos e experiências, para que possamos nos antepor a possíveis situações. Não podemos esquecer que temos a região mais segura do Estado. Nos colocamos à disposição para que esse trabalho seja mantido”, declarou.

As exposições da mesa foram encerradas pela fala do promotor da Vara da Infância e Juventude, Marcos Akira Mizusaki, que afirmou que as audiências públicas estão sendo realizadas para mostrar à sociedade a quantidade de trabalho que vem sendo efetuado pelo grupo para alcançar os bons resultados em relação à segurança pública no ambiente escolar. “A audiência pública é para mostrar à sociedade o que o grupo tem feito em prol da comunidade e buscar melhores resultados”, enfatizou.

Monitoramento inteligente

O delegado da CPJ (Central de Polícia Judiciária), Matheus Nagano, destacou que o trabalho de inteligência para prevenção de ataques em Prudente foi iniciado em 2022 e, atualmente, todas as escolas são monitoradas. “Aqui aconteceram apenas fatos isolados, que prontamente foram resolvidos, porém, quando essas situações ocorrem em períodos próximos a ataques em outros lugares do país, elas fogem um pouco das proporções reais, causando pânico”, comentou o delegado.

O delegado afirmou que nunca houve ataque escolar em Prudente. “A criação desse grupo visa principalmente que, caso aconteça um próximo caso no nosso país, não se estenda a Prudente”, pontua.

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