Azul prevê investimento de R$ 6 bilhões ao ano até 2022

REGIÃO - LEANDRO NIGRE

Data 11/12/2019
Horário 12:02
Leandro Nigre - John Rodgerson, presidente da companhia, fala das perspectivas para o próximo ano
Leandro Nigre - John Rodgerson, presidente da companhia, fala das perspectivas para o próximo ano

Pelos próximos três anos, a companhia aérea Azul pretende investir R$ 6 bilhões anuais no mercado. Além de 31 aeronaves novas em 2020, prevê a inauguração de seis novas bases de operação, cinco delas no Brasil. Com a troca de frota, terá como principais aviões o Embraer E2, o Airbus A321 e A320neo. O Embraer E195, hoje principal avião da empresa, será substituído até 2023.

A Azul deve ainda inaugurar no primeiro trimestre de 2020 um centro para manutenção de aeronaves em Campinas (SP). Segundo John Rodgerson, presidente da companhia, o trabalho no espaço, que atualmente é executado em El Salvador e México, envolverá cerca de 800 trabalhadores. O investimento é de R$ 120 milhões. “Será o maior hangar da América Latina”, comentou Rodgerson, lembrando que a empresa tem recuperado os empregos da Avianca.

Alex Malfitani, vice-presidente de Finanças, sinaliza que o E2 abre novos mercados para a Azul. “Até 50% dos voos em 2019 já ocorreram com aviões de nova geração e a previsão até 2022 é que todos sejam”, destaca. São 143 aeronaves na frota atual e os novos aviões têm custo menor por assento e viabilizam operações em cidades menores que antes não eram lucrativas. Isso deve impactar diretamente no preço das passagens aos 116 destinos ofertados (106 domésticos e 10 internacionais).

Para o próximo ano, Rodgerson estima uma aeronave a cada 10 dias com wifi a bordo. Os preços ao cliente não foram revelados pelo presidente.

JOINT VENTURE COM
A TAP É ANUNCIADO

Durante o encontro de executivos da companhia com a imprensa, na capital paulista, a Azul anunciou a aprovação por seus conselhos de administração e de investidores a criação de uma joint venture com a portuguesa TAP. A união das companhias garante a ampliação de conexões e voos para a Europa.

Abhi Shah, vice-presidente de Receitas da Azul, lembra que, na prática, a aplicação do joint venture deve levar em média seis meses, uma vez que será submetido aos reguladores europeus e, no Brasil, à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

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