Bancários aceitam proposta e voltam ao trabalho

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 27/10/2015
Horário 07:59
 

A greve dos bancários chegou ao fim, na região de Presidente Prudente, e a categoria retornou aos trabalhos normais nesta segunda-feira. De acordo com Edmilson Trevisan, presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, a decisão foi tomada no fim da tarde de sexta-feira, em uma assembleia entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comando Nacional dos Bancários, na capital paulista. A Fenaban reavaliou sua proposta, que inicialmente era de reajuste salarial em 5,5%, e ofertou 10%, aos salários, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além de correção de 14% de vale-refeição e vale-alimentação. "Queríamos ganho real, pois o reajuste empata com a reposição inflacionária, com um pequeno acréscimo de 0,12%. De qualquer forma, estamos contentes por encerrar esta etapa de negociações com valor mais aproximado que pedíamos", comenta.

Jornal O Imparcial Todas as agências da região voltaram a funcionar ontem, após greve dos bancários

A categoria reivindicava reajuste de 16%, incluindo a reposição da inflação, que é de 9,88%, mais 5,7% de aumento real. A greve durou 20 dias, levando em conta os finais de semana. A adesão na região de Prudente foi "muito grande", com o fechamento de todas as agências e paralisação de 95% dos funcionários. A região conta com 1,2 mil bancários, que atuam em 88 agências em 19 municípios de abrangência do sindicato regional. Deste total, 800 bancários e 46 agências estão na maior cidade do oeste paulista. Estes números também incluem postos de serviços.

A Febabran (Federação Brasileira de Bancos), entidade representativa patronal da Fenaban, por meio de sua Assessoria de Imprensa, reafirma "sua confiança no diálogo entre as partes para o acordo de renovação da convenção coletiva de trabalho entre bancos e bancários", comunica.

 

Alívio

Com a retomada das atividades, muitas pessoas ficaram aliviadas. É o caso da dona de casa Glauce de Souza, 37 anos. Ela foi beneficiada pelo programa Bolsa Família, recentemente, e não pode dar sequência  aos trâmites cadastrais na CEF (Caixa Econômica Federal) por conta da greve. "Era para eu ter sacado o benefício no dia 19 de outubro. Mas não tinha cartão, ainda. Aproveitei que a greve acabou para pedir o cartão e fazer a senha", relata.

Para o motorista aposentado Geraldo Nunes, 58 anos, a greve não chegou a atrapalhar, pois ele realizou suas transações pelos terminais eletrônicos, mas ele diz que prefere fazer as ações no caixa convencional. "Prefiro os caixas normais. As transações constam no sistema na hora, e os atendentes ainda podem sanar eventuais dúvidas. É bom ter este suporte", declara.
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