Bancários receiam que terceirização dos serviços cause demissões

Ele pontua que os sindicalistas levarão aos bancos um texto informativo, contendo os motivos pelos quais são contrários à lei.

PRUDENTE - Alana Pastorini

Data 04/07/2013
Horário 11:04
 

Hoje, representantes do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região percorrerão cerca de 50 agências bancárias prudentinas, com o objetivo de orientar os funcionários sobre o Projeto de Lei 4330/04 – do deputado federal Sandro Mabel (PMDB/GO) –, que regulamenta a terceirização do setor. A entidade se mostra contrária à iniciativa, pois acredita que a aprovação desencadeará demissões.

"Só os bancos ganham com isso, pois contratarão mão de obra bem mais barata que seus atuais funcionários", afirma o diretor do sindicato, Edvaldo Bortoluzzi Alves.

Ele pontua que os sindicalistas levarão aos bancos um texto informativo, contendo os motivos pelos quais são contrários à lei. "Caso o projeto seja aprovado, a terceirização passa a ser legalmente liberada para todos os tipos de atividades das empresas. Contratantes e contratadas ficam dispensados de qualquer responsabilidade solidária em caso de descumprimento de regras", salienta.

No informativo, os representantes pedem que os bancários "entrem na briga" e que os mesmos exerçam pressão direta sobre os parlamentares pela reprovação da matéria.

O texto traz ainda a declaração do presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito / Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (Fetec/CUT-SP), Luiz César de Freitas, expondo que "a lei trata-se um golpe fatal aos direitos trabalhistas do Brasil". Ele afirma ainda que, a médio prazo, há o risco de todos os trabalhadores serem substituídos pela modalidade de trabalho eventual e temporário, na condição de prestação de serviço.

O representante da entidade regional frisa que a medida não aponta nenhuma garantia quanto à isonomia de direitos e das condições de trabalho dos funcionários terceirizados.

Para repercutir sobre o projeto e o posicionamento dos bancos, a reportagem entrou em contato, após as 18h, com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no entanto, as ligações não foram atendidas, nem retornadas.
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