Canil da PM abriga 16 cães treinados para combate

Farejadores atuam em diferentes missões, e são acompanhados por veterinário; aposentadoria do animal “não é situação fácil”

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 16/12/2018
Horário 05:39
Animais do 18º Polícia Militar - Animais do batalhão recebem treinamentos antes de atuação junto ao efetivo policial
Animais do 18º Polícia Militar - Animais do batalhão recebem treinamentos antes de atuação junto ao efetivo policial

Que o cão é o melhor amigo do homem, isso muitos já sabem. O companheirismo entre o animal e o ser humano é tamanho, que possibilita que ambos sejam parceiros até mesmo no ambiente de trabalho. Em Presidente Prudente, 16 cães de faro em atividade das raças pastor alemão, pastor belga malinois e rottweiler, pertencentes ao Canil do 18º Batalhão da Polícia Militar, atuam em diversas missões, a exemplo de busca e localização de pessoas, patrulhamento ostensivo preventivo, combate ao tráfico de drogas e controle de distúrbios civis. Mas, nas horas vagas eles também participam de desfiles cívicos e militares, além de levar alegria às crianças que visitam o quartel do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior).

A corporação explica que o Canil foi inaugurado há 34 anos, e, desde então, passou a ser considerado “uma referência na região”. “Os cães são muito bem treinados, recebem uma alimentação balanceada e adequado acompanhamento veterinário. Na diversidade de sua atuação, o Canil presta apoio às mais variadas modalidades de policiamento, e presta auxílio a órgãos como as polícias Civil e Federal, e ao MPE [Ministério Público Estadual]”, informa o batalhão. Além das atividades, a equipe é responsável por ministrar instruções aos canis das penitenciárias regionais.

Devido à prestação dos serviços, a Polícia Militar sentiu a necessidade de buscar novas tecnologias, e implantou o “Painel de Faro”. Este é um laboratório de adestramento que utiliza essências sintetizadas para aprimorar as técnicas de adestramento dos farejadores de drogas. “Estamos preparando um cão farejador de explosivos, que integrará os planos de ação para atendimento de ocorrências envolvendo artefatos explosivos – explosões de caixas eletrônicos, e no policiamento de aeroportos e rodoviárias”, acrescenta a polícia.

“Aposentadoria” do animal

Não basta apenas ser companheiro do cão, é necessário estar ciente de todos os cuidados que ele precisa para que, em determinada emergência, saiba lidar com a situação. Desta forma, os policiais que trabalham no Canil são encaminhados a cursos de especialização de cinotecnia – estudo da anatomia, comportamento, psicologia e fisiologia dos cães, bem como aulas de adestramento e emprego de cães farejadores. Esse preparo antecede a atuação dos militares junto aos animais, e é de responsabilidade de cada policial treinar e adestrar o seu bicho.

E depois de 8 anos de atuação na polícia, chega o momento da aposentadoria do animal. “Após esse período, o cachorro não poderá mais atuar no serviço policial”, pontua a corporação, que considera a separação entre o cão e o policial “uma situação não muito fácil”. “Trata-se de uma vida de dedicação e companheirismo entre eles, e isso se torna difícil para ambos”, salienta.  

Com mais de 20 anos de atuação no Canil em Presidente Prudente, o cabo Cláudio Rogério Bressan diz que ainda sente falta do Killer, um animal da raça rottweiler que participou de diversas ocorrências, principalmente nas rebeliões que ocorreram em presídios da região. E para eternizar a amizade com o parceiro, tatuou a imagem dele em sem próprio corpo, como sinal de “amor e respeito”.

Kauê também foi outro importante cão que passou pelo batalhão, e é reconhecido por diversas apreensões de drogas. Adestrado pelo cabo Roberto Francisco das Neves, conhecido nacionalmente e condecorado com vários títulos estaduais, tornou-se um dos principais cães de faro que trabalhou no Canil.

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