Capela de Berta Lúcia é uma das mais visitadas

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 03/11/2016
Horário 08:37
 

Há 72 anos, um dos pontos mais visitados no Dia de Finados no Cemitério Municipal São João Batista, com cerca de 1,5 mil pessoas, é o túmulo da menina Berta Lúcia, que nasceu no dia 15 de novembro de 1939 vindo a falecer ainda pequenina, em 1944, após uma forte febre acompanhada de vômito e o diagnóstico de meningite. Muitas pessoas acreditam que ela seja como uma santa, e de acordo com sua irmã Eliana Galvão Martinelli, 63 anos, estão levantando testemunhos de graças recebidas para preparação de documentação e pedido de beatificação. Como sempre, durante todo o dia, filas se formaram para entrar no local em que fieis demonstram fé e devoção e depositam em sua capelinha, brinquedos, roupas, fotos, entre outros vários objetos, como um pedido ou forma de agradecimento por uma bênção recebida, um milagre materializado.

Jornal O Imparcial Na capelinha, fieis devotos fazem pedidos e agradecimentos

Como explica a irmã, foi assim que tudo começou. Quando ela nasceu, a irmã já havia falecido, mas a mãe, uma doméstica, sempre lhe contava como Berta era uma criança de bom coração, de uma humildade que emocionava a todos. E que ela intercedeu por sua vida quando sofrera um acidente doméstico.

"Mamãe disse que certo dia eu estava deitada em um colchãozinho, na cozinha, quando a panela de feijão explodiu e fiquei coberta por todo o líquido e grãos. Desesperada, ela clamou por Nossa Senhora Aparecida e por Berta, pedindo que intercedessem junto a Jesus Cristo por mim. Ela já sofria com a partida de Berta e não queria ficar sem mim também. Quando me lavaram, nenhuma marca existia em meu corpo, sequer uma manchinha vermelha!", exclama Eliana.

 

A luz do céu


A irmã de Berta conta que três dias antes da garotinha falecer, ela disse à mãe que estava indo a Jesus Cristo em busca de, ao seu lado, olhar por aqueles que eram movidos pela fé. "É o que cremos, e o que essas pessoas que acreditam no poder da fé e da oração entendem. Berta foi para Jesus. Ela voltou ao Pai", denota Eliana.

Funcionária pública, Vânia Passarelli assim acredita. "Há muitos anos venho visitar a capela. Todas as vezes que oro lhe pedindo qualquer coisa, fui atendida. Estou aqui com minhas filhas, Maria Clara e Carol, para que elas sigam e tenham essa fé em seus corações", frisa a funcionária pública.

Saindo da capelinha, a aposentada Lina Rosa da Costa, 71 anos se mostrava emocionada. "O poder da fé move montanhas. Se cremos no amor de Deus e em seu poder, tudo é possível", enfatizou dona Lina.

 
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