Carateca de Prudente embarca para Tóquio, onde fará preparação para o Mundial

Representando não apenas Prudente, mas o Brasil, juntamente com mais um atleta de São Paulo, Victor Ryu Nishimura, da Academia Issami Dojo, viaja neste sábado

Esportes - DA REDAÇÃO

Data 25/08/2023
Horário 09:00
Foto: Cedida
No Brasil, em todos os campeonatos disputados, o carateca está invicto
No Brasil, em todos os campeonatos disputados, o carateca está invicto

Victor Ryu Nishimura, atleta da Academia Issami Dojo, campeão do Karatê Fullcontact Open Tournament, recentemente, embarca neste sábado para Tóquio, no Japão, onde permanecerá em treinamento até o Mundial, que ocorrerá nos dias 14 e 15 de outubro. Segundo seu pai, o sensei Adilson Issami Nishimura, o filho - que disputará na categoria absoluto em faixa de idade - está indo ao Japão exatamente para treinar “porque aqui, infelizmente, não tem sparring que possa estar treinando com ele”.

“Tenho amigos em Tóquio que treinam com o atual campeão japonês, o Iriki Kembo, o favorito a ser o campeão mundial. E o Victor vai ficar treinando com ele por umas duas a três semanas. Depois disso vai para a região de Aichi-ken na Goiachi, treinar com o meu sensei Yamamoto Kensaku, que também é um dos técnicos da seleção japonesa, onde ficará o restante do treinamento, depois vai para Nagoya até o dia de competir em Tóquio”, expõe Adilson.

O sensei diz que não vai acompanhá-lo neste momento. Irá somente à semana do campeonato lá por volta do dia 12 de outubro, quando já vai encontrá-lo direto em Tóquio. “Nesse Mundial não tem divisão de idade, de faixa, de peso, de altura, de nada. São selecionados os melhores do mundo e representando o Brasil está apenas o Victor e mais um de São Paulo que se juntarão a mais atletas de 106 países”, orgulha-se o sensei Adilson.

Filho do Sol Nascente

Victor nasceu no Japão, e com 4 para 5 anos de idade, na primeira categoria, já foi campeão. E desde então todo campeonato que disputa ele sempre está no pódio, conta o pai. Até os 8 anos, ele competiu quase todos os maiores campeonatos do país conseguindo ganhar regionais, estaduais, nacional, um mundialito da Ásia. 

“No primeiro ele foi vice-campeão mundial. Depois foi treinando, treinando, mudando de graduação, lutando vários campeonatos regionais e, em 2013, que seria o último nacional japonês, ele ficou em terceiro. No Brasil, ele vem disputando todas as categorias, e está invicto. Não perdeu nenhuma até hoje, desde que chegamos aqui”, exalta o pai.

Essas conquistas de Victor no Brasil vêm desde o juvenil e quando ele chegou na faixa, na categoria com 17 anos, Adilson achou melhor fazer um teste e colocá-lo na absoluta para lutar já com os adultos. E logo teve um estadual no Paraná onde o garoto se consagrou campeão na categoria adulta. Em seguida, teve o Campeonato Brasileiro por categoria, e mais um título. Que já seria marrom, preta, adulto! “E ele foi campeão! Depois fizemos o torneio na Apea [Associação Prudentina de Esportes Atléticos] e ele ganhou a vaga, porque era seletiva para disputar o Mundial”, destaca Adilson.

De pai pra filho...

O karatê na vida de Victor começou mesmo com os reflexos vindos do pai, o mestre Adilson Issami Nishimura. No Brasil, desde pequeno, Issami conta que começou a praticar o karatê por interesse, vontade mesmo. E depois, quando chegou ao Japão, em 1993, começou a procurar academias para treinar lá. Na época seus pais foram para trabalhar e ele que era menor foi junto. “Só consegui encontrar uma academia praticamente depois de um ano e pouco. Como já estava com 18 para 19 anos fui treinando e vi que queria isso mesmo. Fui treinando até tirar a faixa preta, disputando os campeonatos, ganhando vários regionais, competindo nacionais, treinando com equipes da elite japonesa...”, lembra Issami. 

E seus filhos foram praticamente nascendo no tatame. Foram crescendo, falando ali. “[risos] É o termo, como se diz, porque já engatinhavam desde criança ali no tatame. Como eu já tinha academia de karatê, de musculação, a gente vivia ali. Então era o ambiente que os três viviam, pegaram gosto e estão seguindo os meus passos até hoje!”, exclama orgulhoso o pai, destacando Victor como o maior seguidor, depois Arthur que é faixa verde e está empolgado de estar treinando.

Cedida

Victor foi campeão pela primeira vez com 4 para 5 anos de idade

 

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