O cartunista Paulo Alberto da Silva, 30 anos, está expondo neste mês de outubro e início de novembro (5), suas reproduções em “cartoon”, na Sala de Convivência do Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente. São 35 telas com figuras famosas, personagens, atletas e cantores internacionais, entre outros. O artista faz releituras autorais com traços exclusivos esboçados a lápis, depois à caneta e finalizados com tinta acrílica. Segundo ele, alguns desenhos são ainda trabalhados com carvão vegetal.
Conforme Paulo, em média ele leva de seis a sete horas para concluir um trabalho considerado pequeno, 20 x 40 cm (centímetros); uns dois dias para finalizar um no tamanho 60 x 80 cm, e aproximadamente três dias para a conclusão de um desenho grande de 70 x100 cm. Todos estão à venda no valor de R$ 50 a R$ 350.
Prudentino, Paulo diz viver da arte qual ele começou a desenvolver o estilo em 2011 quando começou a fazer caricaturas. “Passei a pegar imagem de famosos e tentava satirizar, distorcer a imagem deles. Nesta exposição são vários, entre eles o craque do futebol, Neymar, mais novo integrante do elenco do PSG (Paris Saint-Germain) o personagem Eduard Mãos de Tesoura, Batman x Superman, a Turma do Chaves, entre outros. Alguns desenhos, finalizados em carvão, são bem realistas como um tiranossauro que chama bastante atenção”, salienta o cartunista que acabou de expor no Salão do Livro e sonha em ter seu próprio estúdio para produzir. Ter uma escola própria.
Arte e vida
Paulo que vive da sua arte, diz que a especialização é importante em tudo que se faz. Não basta apenas gostar. Ele fez exatamente isso na Ebac (Escola Brasileira de Arte, Ciências e Comunicação) onde foi aperfeiçoando seus traços em manga, artístico, cartoon, caricatura e no desenho infantil para livros voltados às crianças.
“Cada vez que começo um desenho procuro sempre pensar, primeiramente, no meu público. No que ele o quer ver e não eu. Tem gente que fica a vida inteira presa em um quarto, desenhando e publicando na internet em busca de curtidas. Eu gosto que as pessoas vejam de perto, cada traço”, destaca o artista.
Ele não fica com seus conhecimentos restritos apenas para si e compartilha com seus alunos desde 2011 em suas aulas, todos os sábados de manhã, no Matarazzo.
“Eu considero que talvez a arte mais difícil de se fazer, ainda mais começando do zero, é o desenho. Não basta só querer desenhar, tem que se interessar pelas técnicas é onde muitas pessoas acham chato aprender técnicas e acabam desistindo”, acentua Paulo que ministra aulas para adolescentes de faixa etária que varia dos 13 aos 17 anos.
O sucesso é tanto que turmas novas agora só no próximo ano.
Serviço
A visitação à exposição de Paulo pode ser feita de segunda-feira a sábado, das 8h30 às 22h, domingos e feriados a partir das 16h, na Sala de Convivência do Centro Cultural Matarazzo, que fica na Rua Quintino Bocaiuva, 749, Vila Marcondes, Presidente Prudente.
