CCZ de Prudente presta 100 atendimentos relacionados ao aparecimento de morcegos neste ano

Órgão orienta que cidadão sempre evite contato direto com mamífero, vivo ou morto, pois qualquer um pode estar infectado com vírus da raiva, que tem quase 100% de letalidade

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 14/12/2023
Horário 17:57
Foto: CCZ
Mordida do morcego oferece riscos para a saúde humana
Mordida do morcego oferece riscos para a saúde humana

O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Presidente Prudente realizou, neste ano, cerca de 100 atendimentos relacionados ao aparecimento de morcegos em residências e estabelecimentos.

O gerente do órgão, Thiago Patrício Ribeiro da Silva, orienta que é importante tomar medidas de segurança para evitar acidentes com estes mamíferos, "pois qualquer mordida pode provocar diversas consequências".

"Evite sempre o contato direto com qualquer morcego, vivo ou morto. Lembre-se que qualquer espécie pode estar infectada com o vírus da raiva”, orienta.

Caso seja constatada a presença de morcegos em edificações, a recomendação é verificar espaços abertos de entrada e saída e fechá-los gradativamente, deixando apenas uma saída.

Thiago instrui que, após a saída do morcego, é importante vedar esse ponto provisoriamente (com jornais ou pano). No dia seguinte, antes de escurecer, é preciso retirar esta vedação para a saída de animais que tenham eventualmente permanecido no abrigo e, em seguida, fechar novamente.

Raiva

Conforme o Ministério da Saúde, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

"A raiva é de extrema importância para a saúde pública, devido à sua letalidade de aproximadamente 100%, por ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano e pela existência de medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal, a disponibilização de soro antirrábico humano, a realização de bloqueios de foco, entre outras", elenca a pasta federal.

A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas; e cepa viral.

Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.

A pasta completa que não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os morcegos podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.

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