Mais conhecida como “olho seco”, a ceratoconjuntivite seca é um doença para a qual surge a possibilidade de cura com a utilização de células-tronco em cães. Um tratamento experimental não invasivo, onde não existe sofrimento do animal. Como a aplicação é feita na glândula da terceira pálpebra, sequer há necessidade de anestesia. Embora o custo seja alto, pois só de células-tronco são R$ 6 mil, o tratamento é ofertado gratuitamente por uma campanha feita no Hospital Veterinário da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), em Presidente Prudente.
A campanha de diagnóstico e tratamento de olho seco em cães decorre de pesquisa conduzida por Silvia Maria Caldeira Franco de Andrade, profissional referência em oftalmologia veterinária com atuação clínica há quase 30 anos e ampla produção científica publicada no Brasil e no exterior. É uma pesquisa em parceria com o laboratório de biotecnologia Regenera Sten Cells, de Campinas (SP), que fornece as células-tronco, que têm o custo unitário de R$ 1,5 mil por aplicação, sendo quatro aplicações por cão, feitas com intervalos de uma semana ou 15 dias.
São recebidos animais de Prudente e cidades vizinhas que, num primeiro momento passam por testes oftalmológicos específicos para detectar se é realmente o caso de olho seco, já que a conjuntivite bacteriana apresenta sintomas semelhantes. Os sinais clínicos da doença que podem ser observados pelas pessoas em geral são secreção mucopurulenta (que contém pus), opacidade e pigmentação de córnea e irritação ocular constante. Cabe ao proprietário levar e buscar o animal no hospital a cada aplicação e uma vez por mês, para acompanhamento, durante cinco meses.
Os estudos científicos foram iniciados no começo do ano passado junto ao programa de pós-graduação stricto sensu em Ciência Animal, vinculado à pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação da Unoeste e que oferece os cursos de mestrado e doutorado. Os resultados do experimento devem ser conhecidos até o fim deste ano, em pesquisa de doutorado da veterinária Danielle Alves Silva e do farmacêutico Rogério Sgrignoli.
Com Assessoria de Imprensa da Unoeste