Céu, purgatório e inferno são os três destinos finais após a morte, de acordo com a doutrina cristã. O céu é a morada eterna de Deus e dos justos, o inferno é a separação eterna de Deus para os condenados, e o purgatório é um estado temporário de purificação para aqueles que, embora salvos, precisam se purificar antes de entrar no céu. Se você morre no amor de Deus, mas está com "manchas de pecado", estas manchas são eliminadas num processo de purificação chamado purgatório. Tais manchas de pecado são principalmente as penas temporais devidas aos pecados veniais ou mortais já perdoados, mas para os quais não foi feita expiação suficiente durante sua vida. Esta doutrina do purgatório contida na Escritura e explanada na tradição da Igreja. Tendo passado pelo purgatório, você estará plenamente livre do egoísmo e será capaz do amor perfeito. Seu eu egoísta, aquela parte de você que sem cessar procurava autossatisfação, terá morrido para sempre. O seu "novo eu" será sua mesma pessoa íntima, transformada e purificada pela intensidade do amor de Deus por você. Além de ensinar a realidade do purgatório, onde os fiéis na Terra podem ser de grande ajuda, para os que sofrem o purgatório, oferecendo por eles "o Sacrifício da Missa, orações, esmolas e outros atos religiosos". Está incluído nesta doutrina o laço de unidade chamado Comunhão dos Santos que existe entre o Povo de Deus na Terra, e os que partiram à nossa frente. Na Terra podemos ajudar aqueles que sofrem no purgatório, assim os que estão no céu “Comunhão dos Santos”, podem ajudá-lo na sua peregrinação, intercedendo por você junto de Deus. Sobre o inferno, Deus, que é infinito em amor e misericórdia, é também justiça infinita. Por causa da justiça de Deus e também por causa do seu total respeito pela liberdade humana, o inferno é uma possibilidade real como destino eterno de uma pessoa. É difícil para nós entender este aspecto do mistério de Deus. Mas o próprio Cristo o ensinou e também a Igreja o ensina. A doutrina do inferno está claramente na Escritura. No Evangelho de Mateus Cristo diz aos justos: "Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo". Mas aos ímpios Ele dirá: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos" (Mt25,34.41). Em outro lugar se recorda que Jesus disse: "É melhor entrares mutilado para a Vida do que, tendo as duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível" (Mc 9,43). Um ponto que se destaca claramente desta doutrina é a realidade da liberdade humana. Você é livre para buscar a Deus e servi-lo. E é livre para fazer o contrário. Em ambos os casos, você é responsável pelas consequências. A vida é um assunto sério. O modo como você a vive faz uma grave diferença. Você é livre, radicalmente livre, para buscar a Deus. E é livre, radicalmente livre, para escolher a dor inexprimível de sua ausência. O céu, estado de graça, em que a presença de Deus dentro de você, é como uma semente, uma semente vital, que cresce, e está destinada, um dia, a desabrochar na sua plenitude. Deus se deu a você, mas dum modo escondido. No tempo presente, você o procura mesmo se já o possui. Mas chegará o tempo em que sua procura vai terminar. Você então verá e possuirá a Deus completamente. Isto é o que foi revelado. Na sua primeira carta, São João nos diz: "Caríssimos, desde já somos filhos de Deus; mas o que nós seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é" (l Jo 3,2). E, na sua primeira carta aos Coríntios, São Paulo escreve: "Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é limitado, mas depois conhecerei totalmente, como sou conhecido" (I Cor 13,12). Isto é o céu: a direta visão de Deus face a face como Ele é Pai, Filho e Espírito Santo; união perfeita e total com Deus, um êxtase de contentamento que vai além de toda imaginação humana; o "agora" da eternidade no qual tudo é sempre novo, aprazível e presente para você; a torrente calorosa de alegria na companhia de Jesus, de sua Mãe e de todos os que você amou e conheceu; a ausência total de dor, de pesar, de más recordações; o gozo perfeito de todos os poderes da mente e (após a ressurreição no Dia do Juízo) do corpo. O céu é isto. Quer dizer, isto é uma descrição pálida e humana daquilo que Deus prometeu aos que o amam, daquilo que Cristo conquistou para nós com sua morte e Ressurreição.
MINI SERMÃO
Céu é um estado de perfeita comunhão com Deus e felicidade eterna, onde as almas dos justos desfrutam da presença divina. É o destino final para aqueles que morreram em estado de graça, com seus pecados perdoados. Purgatório é um estado temporário de purificação para aqueles que morreram em amizade com Deus, mas que ainda precisam ser purificados de seus pecados antes de entrarem no céu. As almas no purgatório sofrem, mas têm a certeza da salvação. Inferno é um estado de separação eterna de Deus e sofrimento para os condenados. É o destino final para aqueles que morrem em pecado mortal sem arrependimento. Porém se vivermos o nosso Santo Batismo com responsabilidade, evitar o pecado, buscarmos ouvir a Palavra de Deus e colocar em prática os ensinamentos que nosso Senhor Jesus Cristo nos deixou, procurar os sacramentos para a nossa santificação estaremos em plena comunhão com Deus a fim de que possamos chegar a contemplar a visão beatífica de Deus no Reino dos Céus.
(Autor: Padre Armando Nochetti)
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Admi. Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Montalvão.
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