Dez anos de carreira, duas turnês pelo Brasil e pela Europa, mais precisamente por Portugal e Itália, e agora o músico carioca Cícero, 28, lança seu terceiro álbum solo, denominado "A praia", com dez faixas, todas autorais. Assim como em suas canções, o cantor revela doçura, encantamento e simpatia ao falar de sua trajetória. O download do disco pode ser feito pelo site do cantor
www.cicero.net.br gratuitamente. No próximo mês sairá do forno o vinil!
Ele, que já traz em seu currículo um considerável apanhado de músicas conhecidas do público jovem, como "Vagalumes Cegos" (tema do filme "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho"), e "Tempo de Pipa", que registrou a marca de 2 milhões de visualizações no YouTube, fala que compor é algo que corre em suas veias e desta vez escolheu a praia como lente para criar suas harmonias, melodias, timbres, letras e arranjos impecáveis.
O disco foi gravado em dois estúdios, El Rocha em São Paulo e Tambor, no Rio de Janeiro, onde Cícero contou com a importante participação de Bruno Schulz na produção.
O cantor comemora a aceitação de seu público e conta que já está com algumas datas confirmadas de shows de lançamento de "A Praia": em Curitiba (PR), no próximo dia 24 e Porto Alegre (RS), 25. Depois em São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) em maio; Rio de Janeiro (RJ) em junho; e no segundo semestre, passará por Aracaju (SE) e Recife (PE), entre outras grandes cidades.
"Estou feliz, pois a cada disco percebo que aumento o meu raio de atuação. E essa é a ideia. Viver da música já é uma grande alegria e ver que as pessoas gostam e acabam relacionando uma canção ou outra com sua própria biografia é maravilhoso! O que posso dizer é que está tudo ótimo", ressalta o músico.
Compartilhando
Cícero convidou os músicos que o acompanham na estrada, em seus shows, para fazerem parte desse projeto. São eles: Uirapueno (bateria); Gabriel Ventura (guitarra); Bruno Schulz (piano e acordeon); e Caire (baixo).
"Criamos uma atmosfera leve, branda e ao mesmo tempo rica, densa, pacífica e turbulenta, que versa sobre as características e implicações do meu tempo, minha realidade, minhas observações e sentimentos", salienta.
E complementa dizendo que não busca muito a inspiração, mas está sempre disposto a encontrá-la nas coisas simples. "Por isso demoro a fazer um novo disco, geralmente de dois em dois anos. Mas, o interessante é que quando escolho uma música para gravar, geralmente são aquelas em que acho que estava inspirado, entende? ", enfatiza.
Artista e público
O cantor, que mora em São Paulo, atualmente, diz que sua carreira toma forma e maior proporção artística já em "Canções de Apartamento", seu primeiro disco lançado na internet em 2011, que lhe rendeu o
Prêmio Multishow. "Sábado", o segundo trabalho, reforçou sua carreira, mais uma vez graças à rede de comunicação virtual.
Segundo ele, como a internet é um terreno democrático ele tem conseguido atingir vários públicos. "Percebo que nos shows é mais expressiva a presença de jovens. Aqueles que saem para curtir a noite, a balada. Mas também tem aqueles que curtem no dia a dia no carro, em casa, na rua, no trabalho. Enfim, o perfil é bastante harmônico, desde a criança até os adultos", vibra.
Essa sua alegria ele pode sentir em Portugal. "Foi uma experiência marcante, mesmo estando em outro continente poder encontrar outras pessoas que falam o mesmo idioma que você. E na Itália o comportamento deles também é bem próximo do nosso", agradece.
Na estrada
Cícero, que tem formação de Direito, esteve nos últimos dez anos se dedicando à música, cinco à frente de uma
banda e os cinco últimos em sua carreira solo. Ele vem produzindo discos e ganhando cada vez mais um público fiel que admira suas criações. É visto como um criador contemporâneo intimamente conectado com as questões de seu tempo e de sua geração.
O cantor conta que o gosto pela música vem de casa, uma vez que era de costume de seu pai, que é advogado, tocar violão. Aos 12, 13 anos, ele começou a se interessar então pelo instrumento. Quando estava no colegial, montou uma banda de rock chamada Alice, que continuou no período da faculdade até o final dela.
"Eu tinha um conjunto de músicas que não agradava os demais integrantes. Meus pais chegaram a ficar um tanto preocupados quando decidi que era a música que eu queria e parti para a carreira solo. Minha mãe, que é engenheira, tinha receio da instabilidade muitas vezes de quem vive da arte, mas perceberam que existe uma força além e me apoiaram", afirma.
FAIXAS
1 – "Frevo por acaso nº 2"
2 – "A praia"
3 – "Camomila"
4 – "De passagem"
5 – "O bobo"
6 – "Soneto de Santa Cruz"
7 – "Isabel" (Carta de um pai aflito)
8 – "Albatroz"
9 – "Cecília & a máquina"
10 – "Terminal Alvorada"