Cláudio Roberto recebe a prata dos Jogos de Sydney no dia 13

Cerimônia fechará a edição 2020 do Troféu Brasil, a principal competição nacional do atletismo; entrega ocorre após mais de 20 anos da conquista e seguirá protocolos do COI

Esportes - Juliano Justo

Data 29/11/2020
Horário 12:00
Foto: Reprodução Twitter/Time Brasil
Integrante da equipe do 4x100 participou de eliminatória da prova, vencida pelos brasileiros
Integrante da equipe do 4x100 participou de eliminatória da prova, vencida pelos brasileiros

Depois de mais de 20 anos de espera, no dia 13 de dezembro Cláudio Roberto Sousa receberá a medalha de prata do revezamento 4x100 conquistada pela equipe nacional nos Jogos Olímpicos de Sydney/2000. A entrega ocorrerá no término do programa de provas do Troféu Brasil de Atletismo, previsto para o Centro Olímpico, em São Paulo (SP).
"Estou superfeliz, eu e minha família. Essa felicidade vem desde o momento que recebi a confirmação de que ganharia a medalha. E com a certeza da data já estou suando frio. São 20 anos de espera, num determinado tempo da minha vida eu tinha desencanado, não desistido, mas parei de ir atrás. Posso resumir tudo isso em felicidade", disse o piauiense, nascido em Teresina, de 46 anos.
Claudinho, como sempre foi conhecido pela comunidade atlética, era reserva do time nacional no revezamento e correu a eliminatória, vencida pelos brasileiros. Na final, foi substituíClaudinei Quirino, que fechou a prova. O grupo - que teve uma forte relação com Presidente Prudente, já que por muito tempo treinou em solo prudentino, inclusive naquele momento - era formado ainda por André Domingos, Edson Luciano Ribeiro, Vicente Lenilson e Raphael Raymundo de Oliveira, também reserva. O treinador era Jayme Netto Junior .
O quarteto do Brasil recebeu a medalha no próprio estádio, na cerimônia do pódio, no dia 30 de setembro de 2000. A de Claudinho ficou para ser entregue depois, mas nunca foi recebida. O COB (Comitê Olímpico do Brasil), em 2001, entrou em contato com o COI (Comitê Olímpico Internacional), que teria afirmado que a responsabilidade de prover a medalha era do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Sydney. Em 2003, nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana, Claudinho ganhou do COI um pin, destinado aos medalhistas olímpicos como compensação.
O atleta foi homenageado na Assembleia Geral da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), em 2016, com uma réplica da medalha em uma iniciativa de André Domingos e Arnaldo de Oliveira.

"Um valor ainda maior à conquista"

A cessão da medalha começou a se tornar realidade no fim de 2019, quando o representante do COB encontrou Claudinho, em Teresina. Na ocasião, foram retomadas as tratativas junto ao COI. Até que, em maio deste ano, o corredor recebeu a confirmação de que finalmente teria a medalha.
"Valeu a pena esperar 20 anos pelo reconhecimento agora da minha participação naqueles Jogos. Até brinco com os 'meninos': 'Fui reserva e estou aparecendo mais do que vocês", acrescentou Claudinho, que disse que "o Vicente, o Edson, o André, o Claudinei, o Raphael e o Jayme estão felizes também". "Uma bela maneira de relembrar aquela equipe maravilhosa, valorizar a conquista do atletismo brasileiro naquele Jogos. A história da minha medalha dá um valor maior ainda à conquista”.

SAIBA MAIS
A medalha é originária do Museu Olímpico do COI, em Lausanne, Suíça, e a cerimônia seguirá o protocolo de entrega de medalhas da entidade, incluindo a execução do Hino Olímpico. Cláudio Roberto Sousa receberá a medalha das mãos do presidente do Paulo Wanderley e participarão da homenagem os titulares da equipe de 2000: Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino.

 

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