No dia 31 de maio, os trabalhadores do transporte coletivo de Presidente Prudente retomaram as atividades de forma integral no município, após um período de paralisação frente ao imbróglio com o pagamento atrasado do vale-alimentação e do adiantamento do salário. No entanto, na tarde desta sexta-feira, funcionários da empresa Prudente Urbano protocolaram um ofício de aviso de greve junto à Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana), por atraso novamente dos salários. A medida, inclusive, poderá gerar uma nova paralisação por parte dos colaboradores, conforme apurou a reportagem.
Em nota, a Prefeitura de Presidente Prudente informou que, assim que tomou conhecimento da possibilidade de deflagração de greve por parte dos funcionários, a Semob notificou a concessionária de transporte coletivo sobre quais providências seriam tomadas para evitar nova paralisação. Até o momento, a administração municipal não teve qualquer retorno por parte da empresa.
A reportagem solicitou um posicionamento para a Prudente Urbano, contudo, não recebeu uma resposta até agora.. Representantes do Sintrattepp (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres de Presidente Prudente e Região) também foram procurados, mas as ligações não foram completadas.
Conforme noticiou este diário, no último dia de maio ocorreu uma audiência de mediação e conciliação sobre a situação enfrentada pelos trabalhadores do transporte coletivo e a empresa Prudente Urbano junto ao TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região).
Dentre as propostas apresentadas para o fim da greve, estavam o pagamento imediato do equivalente à antecipação de 20% da folha de salários de todos os empregados da empresa e a destinação de todo o saldo de arrecadação da empresa para o pagamento dos direitos trabalhistas vencidos e a vencer.
No mesmo dia, a Prefeitura de Presidente Prudente, por meio da Semob, informou que, durante a audiência de conciliação, a administração municipal apresentou as ações que têm realizado com o objetivo de contribuir com a concessionária de transporte coletivo, dado o caráter essencial do serviço, entre as quais pode-se destacar a suspensão da cobrança de outorga desde o ano passado, reconhecendo a situação de crise financeira vivida pela concessionária em decorrência da pandemia.