Com o Natal e ano-novo batendo à porta, os açougues em Presidente Prudente registram alta no fluxo de clientes como de costume nesta época do ano. Passado o período atípico de pandemia, os estabelecimentos, de acordo com consulta feita pela reportagem de O Imparcial, voltaram a registrar aumento da demanda neste período que antecede as festividades natalinas e de recepção ao ano que chega.
O proprietário da Casa de Carnes São Marcos, na Vila Formosa, Marcos Teixeira, conta que o cenário de vendas está “bacana”, muito devido à modalidade de encomendas de assados para a ceia natalina. Um aumento de cerca de 20% a 30% na comercialização das carnes. “Tá [sic] bom, não tá ruim, não, viu. O pessoal está fazendo bastante encomenda. No Natal sempre foi assim. No ano-novo é que é aquela correria mais doida, né?”, frisa o proprietário do açougue. Entre as encomendas prediletas dos clientes, Marcos pontua que lagarto e pernil são os mais buscados no estabelecimento.
Para Rafaela Polarini, proprietária do Açougue Vale Verde, no Jardim Maracanã, a alta das vendas está dentro da expectativa do estabelecimento e, assim como na Casa de Carnes São Marcos, as encomendas de assados para ceia de Natal estão entre as peças mais buscadas pelos consumidores. “Depende muito dos clientes, mas a gente tem a tradição de fazer os recheados e deixar a carne pronta para a ceia”.
Na perspectiva da dona do estabelecimento, diante do preço salgado das carnes de primeira e de segunda, muitos clientes estão fazendo uma pesquisa antes de desembolsar o valor necessário para sacramentar a compra do alimento. “No atendimento de balcão, a gente está sentindo que as pessoas estão fazendo uma pesquisa de preços em relação às carnes de primeira e de segunda. Muitos acabam mesclando, ou aumentam o pedido de carne de porco ou de frango, não é mais só aquela compra, digamos, voltada para o churrasco”.
Questionado sobre o período atual de vendas, o dono da Casa de Carnes Nelore Premium, no Centro, Adriano Marcelo de Oliveira, vai um pouco além e faz uma reflexão quanto ao estado de espírito dos consumidores que frequentam o estabelecimento, majoritariamente, pessoas que se identificam à direita do espectro político. “Eu preciso ser franco: as vendas estão boas e até surpreendentes pelo estado de espírito dos clientes por causa do quadro político. O pessoal está meio sentido com as eleições e com a Copa, mas não está deixando de confraternizar com a família. Por incrível que pareça está melhor do que no ano passado”, ressalta Adriano.
Segundo ele, mesmo com o desânimo dos consumidores mais à direita, as vendas estão boas. Adriano cita os principais cortes do açougue. “O pessoal não deixou de consumir carne. Nosso carro-chefe é costela, maminha e lombo, todos recheados. Tem também os cortes tradicionais como o pernil suíno. Temos alguns cortes com carneiro também. Para o domingo mesmo, a procura é pelos cortes tradicionais de churrasco. Tá [sic] saindo, mas o povo acaba levando no dia mesmo”, frisa o proprietário da Casa de Carnes Nelore Premium.
De forma a sintetizar a perspectiva vivida pelo segmento de venda de carnes neste período do ano, o proprietário da Casa de Carnes Tavares, Gustavo Tavares, indica a alta na demanda de clientes. “Tem bastante encomenda para assados e sai bastante carne para churrasco também. O fluxo sempre aumenta na semana antes do Natal”. Segundo Tavares, na parte de cortes para assados, destacam-se maminha, costela desossada, panceta suína. “Em questão de churrasco, contrafilé, alcatra, miolo de paleta, linguiça e tulipa de frango são os que mais saem”, enumera.
