Como o jornalismo é incrível!

OPINIÃO - Giselle Tomé

Data 11/08/2021
Horário 06:40

Ficou um buraco. Na verdade, ficou um vazio quase insuportável. O fim das Olimpíadas, que atrapalhou o fuso horário de muitos brasileiros, que teimavam em ficar de madrugada torcendo, deixou uma saudade imensa. 
Esta edição, com certeza, teve um significado especial. Nos fez lembrar que estamos vivos e que têm muitas histórias boas para serem contadas. Nos tirou um pouco da aflição das notícias que estamos acostumados há mais de um ano. 
Por alguns instantes, esqueci que ainda estávamos em uma pandemia. Vi minhas filhas querendo ser Rebeca, Rayssa e assim por diante. Lembrei-me da sensação maravilhosa que esses jogos nos trazem. Como o esporte é transformador e desperta bons sentimentos e como o jornalismo é um instrumento formidável!
Quantas histórias vieram à tona através dos nossos repórteres. Que profissão incrível: ser e dar voz a tantos feitos de pessoas inspiradoras. 
Vi nesses jogos aumentar o número de atletas, de modalidades e também de mulheres na cobertura jornalística. Vocês perceberam quantas profissionais reportando, comentando, narrando? Que momento!
Quando jovem, na hora de prestar o vestibular, assim como muitos adolescentes, fiquei na dúvida entre qual carreira seguir. Nos apresentavam várias possibilidades como se elas não pudessem ser mudadas, como se eu tivesse que escolher apenas uma e vivê-la até o fim dos meus dias. 
Que bom saber que eu acertei, mas, ao mesmo tempo, que bom saber que estavam errados. Podemos ser o que desejarmos. Fazer quantas faculdades quisermos. O conhecimento nunca é demais. O esporte nos mostra isso, o jornalismo também. Ontem mesmo encontrei um colega de profissão que está cursando Direito, pois quer unir as duas faculdades em sua carreira. Quantas possibilidades!
Lembro-me da dúvida entre Jornalismo e Psicologia. Sou jornalista há mais de 20 anos e nunca me arrependi. Hoje entendo porque tive dificuldades na escolha, ambas as áreas trabalham com gente. Amo pessoas, amo as histórias que elas nos contam, nos mostram. E talvez seja, por isso, que fico emocionada em ver os jogos serem contatos através de repórteres engajados em trazer a melhor notícia. Não vejo a hora de voltar a me deliciar com particularidades dos atletas que irão representar nosso país daqui três anos, na França. 
Não vejo a hora de voltar a acompanhar toda a grandiosidade desta festa pelo olhar dos profissionais da imprensa.
 

Publicidade

Veja também