Cooperativa da Nova Alta Paulista é habilitada pelo Mapa para exportar amendoim 

Cristiano Machado

COLUNA - Cristiano Machado

Data 28/09/2023
Horário 07:08
Foto: Mapa/Divulgação 
Casul obteve registro para a chamada “lista geral”, com exceção de China e países da União Europeia, que possuem regras específicas 
Casul obteve registro para a chamada “lista geral”, com exceção de China e países da União Europeia, que possuem regras específicas 

Uma cooperativa de Junqueirópolis, município da Nova Alta Paulista, a 92 km de Presidente Prudente, foi habilitada para exportar amendoim. O empreendimento é da Casul, cuja matriz é em Parapuã (SP). Sua unidade em Junqueirópolis recebeu auditoria do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), finalizada na última sexta-feira. 
A cooperativa obteve o registro para secagem, beneficiamento e comercialização de amendoim no mercado interno e exportação (com exceção de China e União Europeia, que possuem exigências específicas). É a chamada “lista geral” de países. A Casul já mira também certificação para vender à União Europeia. 
Além de Junqueirópolis, os auditores fiscais federais agropecuários foram ainda em Neves Paulista e Novo Horizonte.  Nos três estabelecimentos visitados, os objetivos foram diferentes. Em outro estabelecimento, a equipe do Sipov-SP conseguiu obter esclarecimentos sobre uma carga que foi exportada para a Europa e foi considerada “não conforme”. As causas dessa não conformidade são investigadas. Na terceira empresa, foi realizada auditoria e aprovada a habilitação para a exportação de amendoim para a União Europeia.
O objetivo das auditorias é garantir a segurança do amendoim produzido e exportado, verificando se eles se enquadram nas normas do ministério e nas exigências dos mercados consumidores. As vistorias verificam a aplicação das boas práticas de fabricação (BPF), previstas na Instrução Normativa 03/2009, do Mapa.

SP já tem 18 empresas aptas 
De acordo com o Sipov-SP (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal), São Paulo já conta com 18 empresas beneficiadoras aptas a exportar amendoim para o bloco da União Europeia, um dos mais exigentes do mundo.
O Estado é o maior produtor de amendoim do Brasil, concentrando 64% da produção, de acordo com dados compilados pelo Departamento de Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). 
De janeiro a agosto deste ano, São Paulo já exportou 195 mil toneladas de amendoim em grãos, que correspondem a US$ 280 milhões. Esse volume é 11% maior que as 176 mil toneladas exportadas no mesmo período de 2022 e que movimentou US$ 205 milhões.

Mercados exigentes 
Conforme as empresas se estruturam para adotar as boas práticas, elas conseguem acessar mercados mais exigentes, como a China (aberto para o amendoim brasileiro em 2022), além de manter mercados importantes, como a Rússia e a União Europeia.
No caso da União Europeia, as auditorias do Mapa permitem verificar o cumprimento de exigências técnicas adicionais, descritas na Instrução Normativa 126/2021. 
No final de cada auditoria, são apontados os itens que demandam correções, bem como a aprovação ou reprovação do estabelecimento. Quando reprovados, os estabelecimentos são demandados a elaborar planos de ação para correção dos problemas. Só depois de evidenciadas as correções é que o estabelecimento obtém novamente a habilitação requerida.

Destinos do produto 
De acordo com um estudo do IEA (Instituto de Economia Agrícola), as exportações de amendoim em grão no ano passado tiveram como destino mais de 90 países. Cerca de 85% do total exportado foi destinado a 12 países: Rússia, Argélia, Países Baixos (Holanda), Reino Unido, Espanha, Polônia, Colômbia, Turquia, Ucrânia, África do Sul, Austrália e Emirados Árabes Unidos. A Rússia respondeu por 34% do total (98 mil toneladas), representando US$109 milhões.
O mesmo estudo aponta que, em 2022, o município de Tupã foi responsável por 28% dos valores exportados, seguido por Borborema (17%), Jaboticabal (7%), Sertãozinho (7%), Pompéia (6%) e Taquaritinga (5%). Já os municípios de Ribeirão Preto, com 10% das exportações de 2022, e de Parapuã com 8%, incrementaram suas operações, principalmente a partir de 2021. O Brasil também exporta óleo de amendoim para a China e para a Itália.  
Confira todos os detalhes no www.norteagropecuario.com.br  (Com informações de Ana Maio, do Mapa)

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