A COP30 é assunto presente na rotina dos paraenses. Isso porque Belém receberá, em novembro deste ano, a 30ª edição da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima (UNFCCC). Será a primeira vez que o maior evento global de discussão e negociações sobre o clima será realizado em uma capital amazônica. Mas o que se sabe até agora sobre a conferência?
A COP30 deste ano reunirá os representantes dos 198 países que assinaram a Convenção-Quadro, além de chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, pesquisadores e organizações não governamentais, em busca de soluções efetivas para o enfrentamento da crise climática. A data foi definida ainda durante a plenária final da COP28, realizada em Dubai, em 2023, quando a decisão de realizar a COP30 em Belém foi aprovada em consenso pelos países membros da convenção e formalmente anunciada.
As conferências do clima da ONU (Organização das Nações Unidas) são realizadas anualmente desde 1995 e costumam envolver uma grandiosa organização, milhares de participantes e uma série de programações que ocorrem ao mesmo tempo. No centro das atenções estão as negociações entre os representantes das Partes da Convenção. Tradicionalmente, as COPs são organizadas em duas áreas principais chamadas Blue Zone e Green Zone.
Para ter acesso à Zona Azul, que é gerenciada pela UNFCCC, os participantes precisam ter sido previamente credenciados pela ONU. Entre as pessoas que podem ter acesso à Blue Zone estão líderes mundiais, representantes oficiais dos 198 países signatários, observadores oficiais e a imprensa. É justamente neste espaço que ocorrem as negociações formais durante as duas semanas da conferência, assim como possíveis eventos da presidência e centenas de eventos paralelos, incluindo painéis de discussão, mesas redondas e eventos culturais.
Ao mesmo tempo, uma série de programações são realizadas na Zona Verde, espaço que é voltado para a participação de diferentes grupos, incluindo grupos de jovens, sociedade civil, setor privado e povos indígenas. Também na Zona Verde são realizados eventos paralelos e exposições.