Dentistas adotam medidas de proteção contra covid-19

Boca continua precisando ser tratada, e para minimizar riscos aos pacientes, odontologistas têm criado protocolos específicos

REGIÃO - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 20/06/2020
Horário 06:02
Cedida/Beto Suniga: Bianca afirma que dentistas devem estar preparados para o prosseguimento seguro dos tratamentos
Cedida/Beto Suniga: Bianca afirma que dentistas devem estar preparados para o prosseguimento seguro dos tratamentos

A primeira orientação foi: mãos longe da boca! A segunda foi: tape a boca, e o nariz, com uma máscara! Essas regrinhas que se tornaram parte do cotidiano, por mais simples que sejam, salvam vidas. Por outro lado, não se pode esquecer que, mesmo escondida, a boca continua ali e os cuidados com ela permanecem importantes. “Os pacientes nos procuram pelo conforto e segurança da sua saúde bucal, mas eles não são só a boca, os pacientes são pessoas que entram nas clínicas odontológicas, então percebem que estão sendo acolhidos, cuidados por profissionais que estão se importando tanto pela saúde bucal, quanto a saúde sistêmica”, relata o odontologista Ângelo Cardoso.

Ele, que conduz a clínica Odonto Excellence, em Pirapozinho, ressalta que ações que prezam pela segurança dos pacientes traz confiança, e que investir em segurança sistêmica dentro de um ambiente hospitalar odontológico é um dos pilares do sucesso dessa confiança que esses pacientes têm.

Sobre isso, o dentista discute dois principais termos no universo da odontologia que tem se tornado dúvida frequente entre os pacientes: da odontologia de necessidade, que são as urgências e às emergências e a odontologia de desejo que são os tratamentos estéticos.

Parceira de trabalho na clínica, a dentista especialista em ortodontia, Bianca Sayuri Shimabukuro, afirma que mesmo a área se dedicando, algumas vezes, a correções estéticas, até estas apresentam situações emergenciais, como ajuste, troca ou remoção do arco que estiver ulcerando a mucosa bucal. Além disso, ela destaca que todo tratamento ortodôntico é individualizado, e programado um tempo para finalização. “Cada fase é muito importante e estão todas interligadas, para que haja a movimentação é necessário a ativação do aparelho periodicamente feito pelo dentista, para que eu cumpra com tempo estipulado”, enfatiza. Para que estas etapas sejam cumpridas com segurança, a clínica de Pirapozinho, assim como várias outras da região, adotaram medidas de proteção rígidas.

“TRATAR É PREVENIR E  PREVENIR É TRATAR”

“Sempre fomos muito rígidos quanto aos protocolos de biossegurança, e agora com a Covid-19, adotamos novos processos para oferecer ainda mais segurança para o nosso paciente, para que ele prossiga com o tratamento”, aponta Bianca, que diz usar, além da máscara, protetores faciais durante procedimentos.

Ângelo enfatiza que os protocolos de biossegurança sempre foram de grande importância dentro da odontologia, entretanto medidas especificas à proteção contra o novo coronavírus também foram adotadas. “Orientamos nossos pacientes como a higiene das mãos com sabão e água, o uso do álcool em gel, limpeza bucal com uso de fio dental, escovação adequada, bem orientada, uso se antissépticos indicado pelo profissional”. Além disso ele destaca a utilização na clínica de aparelho de ar-condicionado com sistema Vírus Doctor, tecnologia que reduz a presença de micro-organismos no ar. “Também fazemos o uso do aparelho que emite ozônio no ar, ozonizador, que diminui também significativamente o número destes micro-organismos”. Mais que isso, a clínica realiza aferimento de temperatura em todos os pacientes.

Outro exemplo de ação que visa tornar a visita ao dentista mais segura é dado pelo odontologista Rodrigo Rangel Bongiovani, da clínica Bongiovani, em Prudente. Ele afirma que tem usado o quaternário de amônio, substância que já era utilizada para desinfetar os equipamentos de trabalho, em toda a clínica, chão, balcões, cadeiras... de modo a garantir a limpeza e a desinfecção.

“Sempre tivemos álcool em gel na recepção. Assim que o paciente entra na clínica, já pedimos para lavar as mãos no banheiro, lá tem um cartaz com as orientações de como fazer da maneira correta. Enquanto estiver na clínica esperando os atendimentos, os pacientes devem utilizar máscara e os horários de atendimento foram espaçados para não haver aglomerações”, pontua Rodrigo.

Ele afirma que nos últimos meses o movimento caiu, com atendimentos, principalmente, de urgência e emergência, até porque por um tempo orientaram pacientes de rotina que se enquadravam em grupos de risco, aguardarem em casa, mas nos últimos dias o movimento, ele afirma, têm retornado à normalidade.

Cedida/Beto Suniga

Ângelo aponta que medidas adotadas pensam na saúde física e emocional dos pacientes

 

 

 

 

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