Desabastecimento afeta comércio e população

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 03/02/2017
Horário 08:55


Lavar a louça, as roupas, tomar banho, dar descarga. Essas ações são tão rotineiras que são até feitas "no automático" no dia a dia. Mas quando faltam os valiosos recursos hídricos necessários para fazer cada uma dessas coisas é que muita gente "entra em parafuso". Ontem, os moradores de Presidente Prudente e especialmente os donos de estabelecimentos comerciais na cidade amargavam os prejuízos de passar um dia inteiro sem água, com a esperança de que hoje cedo tudo fosse normalizado.

Jornal O Imparcial José chegou de viagem e descobriu que estava sem água ontem

Com vendedor José Luiz de Oliveira, 59 anos, não foi diferente. Recém-chegado de viagem, tudo que ele queria era tomar um belo banho e descansar. Mas não conseguiu. Antes mesmo de entrar em casa, ouviu da reportagem que não haveria água: e foi dito e feito. Nada saindo das torneiras. Mas de bom humor, ele nem se preocupou.

Essa não foi a mesma reação, no entanto, da proprietária de uma padaria no Jardim Bongiovani, Sônia Marques Escher. "Atrapalha completamente o nosso serviço. Para cozinhar ainda dá para usar água filtrada, mas a louça acumula na pia, toda suja!", afirmava com tom indignado, enquanto indicava aos funcionários que parassem de lavar copos toda hora. "Ainda tem água da caixa aqui na frente, mas precisamos economizar para pelo menos passar o dia", explica.

Já a Cris Ramires, que é dona de um salão de beleza, não pode nem trabalhar com tinturas ou ações que dependessem de água ontem. É que os lavatórios não possuem caixa d’água e dependem exclusivamente do recurso que vem da tubulação da rua. "Eu vou pedir ressarcimento para a Sabesp, porque é um dia inteiro de trabalho afetado. A empresa precisava ter uma ação preventiva para evitar que coisas assim acontecessem", afirma Cris.

Quem sofreu mesmo com a situação de ontem foi o motofretista Fernando Alves dos Passos, 29 anos. Com uma neném de apenas sete meses em casa, ele estava bem preocupado, e teve de buscar água mineral para a pequena, além de ir até uma mina d’água buscar recursos para as suas necessidades. "Eu acionei a empresa e disse que tinha uma bebê em casa, mas não fizeram nada. É um descaso com a pessoa que paga as contas todos os meses, nunca atrasa. Falta de respeito", lamenta.

 
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