Dono de boate é preso por incêndio em veículos

“O caso causou perplexidade, mas o mais importante é que está tudo sendo resolvido", completa. A reportagem tentou contato telefônico com a boate mencionada pelo delegado, mas ninguém atendeu ao telefone.

REGIÃO - Bruno Saia

Data 17/07/2014
Horário 08:16
 

Três homens foram presos na madrugada de terça para quarta-feira, acusados de serem os responsáveis pelos incêndios em três veículos durante o final de semana, em Panorama. Um suspeito, que também teria participado da ação, continua foragido. Um dos presos é um dos proprietários de uma boate localizada no município e os outros dois teriam sido contratados para atear fogo nos carros. Outro proprietário da boate, que continua foragido, também teria sido um dos mandantes dos crimes. A informação é do delegado responsável pela Delegacia de Panorama, Eliandro Renato dos Santos.

Jornal O Imparcial Um dos veículos incendiados em Panorama era propriedade do delegado do município

"No mês passado houve uma operação na cidade, com o objetivo de combater diversos crimes, entre eles a prostituição, e foi constatado um caso de exploração de prostituição nesta boate, que levou a instauração de um inquérito e isso teria motivado os ataques durante o fim de semana", detalha o delegado. Segundo ele, o Conselho Tutelar e o Judiciário também teriam participado da ação. Os acusados tiveram decretada a prisão temporária por 30 dias, enquanto o inquérito continua em andamento.

"Nunca tinha passado por uma situação dessa magnitude aqui na cidade", destaca Santos. "O caso causou perplexidade, mas o mais importante é que está tudo sendo resolvido", completa. A reportagem tentou contato telefônico com a boate mencionada pelo delegado, mas ninguém atendeu ao telefone.

 

Carros em chamas

Um VW/Gol, na madrugada de segunda-feira, um Citroën Xsara Picasso e um Chevrolet/Agile, na madrugada da última sexta-feira foram os veículos incendiados no fim de semana em Panorama. O Chevrolet/Agile era de propriedade do delegado do município.

Em todas as ocasiões, moradores dos bairros onde os ataques foram efetuados ajudaram a apagar as chamas. Desde o início, as investigações levavam em conta que os casos estariam interligados. "Nós entendemos que há ligação, pois o modus operandi é o mesmo", afirmou Santos em reportagem publicada na terça-feira.

Na tarde de segunda-feira, o delegado, o promotor de Justiça do município, Daniel Magalhães Albuquerque Silva, e representantes da Polícia Militar haviam se reunido na delegacia da cidade para discutir as linhas de investigação a serem tomadas no caso.
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