E a Receita Federal?

OPINIÃO - José Maurício O. Leme Jr.

Data 22/11/2022
Horário 05:00

Alguns nos param e nos perguntam sobre a viabilidade da construção do prédio da Receita Federal em Presidente Prudente nas proximidades do Aeroporto Adhemar de Barros, um tema muito abordado em 2019. Foi por meio da reivindicação de entidades de classe, governo municipal e Legislativo que a unidade da DRF permaneceu em Prudente, já que corria o risco de ser transferida para Araçatuba, naquela época. 
A sociedade civil organizada lutou e venceu aquela batalha, afinal, a sede prudentina é cinquentenária e uma referência para 75 municípios do oeste paulista, compreendendo mais de 1,6 milhão de cidadãos, conforme dados da Prefeitura. 
Mas de 2019 para cá, pouca coisa avançou nesse assunto. Surgiram novas burocracias que envolveram o terreno que tem em torno de 34 mil m² (metros quadrados), localizado entre as avenidas Coronel José Soares Marcondes, Miguel Damha e Rodovia Júlio Budiski. Hoje, a Fazenda do Estado de São Paulo é detentora da área.
Mas por que é importante ter a sede na região? A quesito de informação, em parceria com órgãos de segurança, a RF em Presidente Prudente vem registrando cada vez mais o número de mercadorias apreendidas. No primeiro semestre de 2021, foram cerca de R$ 32,7 milhões, quase o dobro contabilizado em 2020, que foi de R$ 16,6 milhões. Ou seja, sua fiscalização é imprescindível à repressão e combate ao contrabando e descaminho, sobretudo, se interligado à zona aeroportuária.
É preciso que as tratativas avancem, uma vez que conjugada com um depósito de mercadorias apreendidas, os trabalhos da DRF serão ampliados, permitindo um maior combate à criminalização e ilegalidade. Aliás, concomitante com o projeto de melhorias no aeroporto, a efetivação de tal obra trará grande benefício para o desenvolvimento regional, pois gera a prestação de melhores serviços à sociedade e empregabilidade.
É uma pauta de ordem! No próximo ano inicia um novo ciclo na esfera legislativa e federativa, e o governo municipal já tem a ciência da necessidade de articular com os prefeitos da Unipontal (União dos Município do Pontal do Paranapanema) e deputados federais para garantir que o projeto saia do papel e seja efetivamente executado. O que cabe a nós? Cobrar para esse compromisso não se torne uma utopia regional.

 

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