Em 2 anos, acidentes de trânsito com motos e carros no oeste paulista oneram Estado em R$ 2,4 milhões

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, recentemente, dados de 2023 e 2024, que revelam os valores desembolsados com atendimentos às vítimas de acidentes com automóveis e motocicletas. No período mencionado, o DRS-11 (Departamento Regional de Saúde) de Presidente Prudente, que abrange 45 municípios do oeste paulista, somou R$ 2.454.839,35 em despesas com internações e consultas na rede. Em todo o território paulista, o custo total ficou acima de R$ 130 milhões. 

Conforme a pasta estadual, os acidentes com motos representaram os maiores custos para o sistema de saúde, com destaque para a Grande São Paulo (R$ 47,3 milhões), São José do Rio Preto (R$ 9 milhões), Campinas (R$ 7,5 milhões), Sorocaba (R$ 7,4 milhões) e Taubaté (R$ 6,5 milhões). O DRS de Presidente Prudente aparece na 15ª posição dentre 17 regiões, com R$ 1.866.137,02 dispendidos em 1.326 internações. 

Já nos sinistros com automóveis, as regiões que mais demandaram recursos públicos nesse tipo de atendimento foram a Grande São Paulo (R$ 5,4 milhões), São José do Rio Preto (R$ 2,8 milhões), Sorocaba (R$ 1,2 milhão), Campinas (R$ 1,19 milhão) e Ribeirão Preto (R$ 1,03 milhão). Neste quesito, o oeste paulista ficou na nona colocação do ranking, com total gasto de R$ 588.702,33, em 269 internações.

HR: pilar fundamental à saúde pública

Muitos desses pacientes exigem internações prolongadas, cirurgias de alta complexidade, reabilitação e acompanhamento ambulatorial, destaca a SES. A secretária municipal de saúde de Presidente Prudente, capital do oeste paulista, Débora Witter Rocha Tiezzi, destaca a importância do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente, gerido pelo Estado e sediado em Prudente, para a população. 

“O HR é um pilar fundamental para a saúde pública. Não só do nosso município, mas de toda a região. Para a população prudentina, ele representa acesso a atendimentos de média e alta complexidade que não estariam disponíveis na rede municipal. É uma referência em especialidades como oncologia, neurologia, cardiologia e ortopedia, além de ser essencial nos atendimentos de urgência e emergência”, frisa.

Débora ainda afirma que a instituição de saúde tem uma importância histórica e afetiva para a cidade, pois foi sonhada por professores e profissionais da área da saúde como um espaço de ensino, cuidado e inovação. “Hoje, mantém esse legado ao mesmo tempo em que atende milhares de pacientes que dependem exclusivamente do SUS [Sistema Único de Saúde]”, ressalta.

Conexão entre Estado e municípios

Sobre a forma como o HR se conecta com a rede de saúde do município, a secretária explica que a integração entre a instituição estadual e a rede municipal é “constante e estratégica”. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) realizam os atendimentos primários e, quando necessário, fazem o encaminhamento para o Hospital Regional, através da Central de Regulação.

“Trabalhamos de forma articulada, com fluxos definidos, para garantir que os casos que realmente necessitam de atendimento especializado cheguem ao hospital no tempo certo. Essa conexão permite que o sistema funcione com maior eficiência, evitando sobrecargas e assegurando o cuidado integral ao paciente – desde a atenção básica até o atendimento hospitalar”, aponta.

A secretária de saúde ainda comenta os impactos regionais e parcerias mantidas entre município e Estado no atendimento hospitalar. “O Hospital Regional é, hoje, o maior equipamento de saúde pública de toda a região oeste paulista. Ele atende pacientes de 45 municípios, abrangendo uma população regional que ultrapassa 700 mil habitantes. Essa abrangência só é possível graças a uma articulação permanente entre o município e o governo estadual. Por meio do DRS-11, participamos de pactuações, reuniões da CIR [Comissão Intergestores Regional] e outras instâncias de planejamento conjunto”, finaliza Débora.

Distribuição de valores por DRS e a posição nos repasses por internações e atendimentos com moto:

Distribuição de valores por DRS e a posição nos repasses por internações e atendimentos com carro:

Arquivo/O Imparcial/Maurício Delfim Fotografia

Débora: “HR é, hoje, o maior equipamento de saúde pública de toda a região oeste paulista”