Em Prudente, idosa é vítima de estelionato e transfere R$ 9 mil a golpistas  

Estelionatários se passaram por atendentes de uma seguradora e usaram aplicativo para ter controle do celular da mulher de 68 anos; ela também não reconheceu empréstimo de R$ 64 mil em seu nome

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 25/04/2023
Horário 16:22
Foto: Arquivo
Vítima foi orientada na Delegacia Seccional de Prudente a apagar o aplicativo que estava instalado em seu aparelho e que ela desconhecia
Vítima foi orientada na Delegacia Seccional de Prudente a apagar o aplicativo que estava instalado em seu aparelho e que ela desconhecia

Uma mulher de 68 anos foi vítima de um golpe de estelionato por meio de seu aparelho celular, na tarde desta segunda-feira, em uma chácara na zona rural de Presidente Prudente. Ela transferiu aos golpistas cerca de R$ 9 mil.
A vítima foi até a Delegacia Seccional de Polícia de Presidente Prudente, nesta terça-feira, formalizar o boletim de ocorrência. Segundo a idosa, ela recebeu uma ligação de uma suposta atendente de uma seguradora chamada Aline, que perguntou se a idosa reconhecia um empréstimo de R$ 15 mil que teria sido feito em seu nome. A vítima respondeu que não, e a atendente transferiu a ligação para um “gerente” chamado Gabriel, que orientou a idosa a baixar um aplicativo para cancelar o empréstimo.
No entanto, trata-se de um aplicativo de acesso remoto, e o golpista acabou conseguindo acessar remotamente o celular da vítima. Gabriel também orientou a vítima a acessar o aplicativo da seguradora na parte de chave de segurança, e a vítima verificou que havia mais de R$ 64 mil em sua conta, empréstimo o qual a idosa não reconheceu. O golpista, então, orientou a vítima a devolver o valor por meio de um DOC (documento de ordem de crédito) para uma pessoa física em uma conta em uma instituição bancária.
A mulher tentou entrar em contato com seu gerente de conta, por meio do WhatsApp, mas foi repreendida por Gabriel. Ele disse que o gerente estava ciente do caso e que a vítima deveria depositar o valor para uma pessoa física, embora a vítima achasse que o correto seria depositar em uma conta jurídica. Segundo a idosa, Gabriel foi muito convincente e, em alguns momentos, agiu de forma coercitiva, fazendo a vítima se sentir errada.
Durante o período em que a vítima esteve em contato com Gabriel, ela realizou duas TEDs (transferências eletrônicas disponíveis), uma de R$ 999 e outra de R$ 3 mil e também um PIX de R$ 4.980. A vítima só percebeu que havia caído em um golpe quando recebeu uma ligação do setor de segurança da instituição bancária e a atendente perguntou sobre as últimas movimentações em sua conta.
Segundo a Polícia Civil, a vítima já foi a uma agência do banco para bloquear sua conta e resolver o problema do empréstimo indevido. Ela foi orientada a apagar o aplicativo que estava instalado em seu aparelho e que ela desconhecia. 
De acordo com a corporação, é importante ressaltar que a investigação desse crime depende da representação da vítima no prazo máximo de seis meses, contados a partir da data do fato. A vítima foi orientada a comparecer à Central de Polícia Judiciária para oferecer representação. Caso não compareça dentro do prazo legal, a punibilidade do crime será extinta e o boletim de ocorrência será arquivado sem nenhuma providência policial.

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