Empresa inicia instalação de radares em Prudente

Dois anos e quatro meses. Ou para ser mais preciso, 863 dias. Foi depois desse espaço de tempo que a Prefeitura de Presidente Prudente deu início ao retorno definitivo de radares na cidade. Por meio da Splice Indústria, Comércio e Serviços, empresa que venceu a licitação para realizar o serviço, a instalação dos dispositivos foi iniciada na tarde de ontem. Nesse primeiro momento, estão previstos apenas os preparos iniciais, os trabalhos no solo, como, por exemplo, medição de espaço.

E assim foi feito. O primeiro ponto visitado foi no cruzamento da Avenida Manoel Goulart com a 14 de Setembro, no final do Parque do Povo. No início da tarde, a empresa esteve no espaço para fazer as aferições necessárias. Aliás, de acordo com a Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública), tal local faz parte dos cinco listados ao longo da Avenida Manoel Goulart, e que serão os primeiros a receberem os dispositivos.

Depois disso, o próximo perímetro a ser vistoriado pela empresa fica na Estrada Municipal Raimundo Maiolini e, respectivamente, os demais endereços (veja tabela). Mas, como explicado pelo chefe da Semob, Adauto Lucio Cardoso, agora são os trabalhos de solo. “A instalação dos dispositivos mesmo, dos aparelhos, começa a partir de segunda-feira”, completa. Nesta etapa, também será respeitada a ordem listada anteriormente.

A previsão é de que tal trabalho seja finalizado no começo de março. Isso ocorrendo, ainda de acordo com Adauto, a empresa dará início, então, nas aferições dos aparelhos, a fim de verificar se há alguma irregularidade ou não. “Tudo dando certo, a estimativa é entregar os radares prontos até a segunda quinzena de março”, lembra.

E uma vez ligados, os dispositivos ficarão em fase de testes por 15 dias, conforme o secretário. Nesse período não haverá aplicação de multas, pois será utilizado para a adaptação dos motoristas. E questionado se haverá ao menos notificações, se por ventura forem registradas infrações nesse período, Adauto explica que isso ainda será avaliado. “Encaminhar uma carta, por exemplo, alertando, implicará em ônus para o município”, frisa.

IMPORTÂNCIA DO

CONTROLE MUNICIPAL

Ao todo, como já informado, serão 17 controladores eletrônicos, radares, que terão velocidade máxima permitida de 60 km/h (quilômetros por hora). Além deles, haverá também a implantação de duas lombadas eletrônicas, com limite de 40 km/h. Esse efetivo, para o titular da Semob, ajudará no controle de infrações e, principalmente, na prevenção de acidentes. “Nesse período sem os dispositivos, com base nas estatísticas, observamos que os usuários não aprenderam a respeitar o limite de velocidade”, destaca.

Mas nas ruas a situação divide opiniões. O vendedor autônomo Márcio Adriano Rocha, 46 anos, apesar de entender que há vantagens com a implantação dos aparelhos, é contrário a ela. Segundo ele, “tudo isso faz parte da indústria da multa”. Por outro lado, o estudante Leonardo Oliveira, 27 anos, apesar de não dirigir na cidade, analisa que “direto vê acidentes ocorrendo” e, sendo assim, espera que as coisas melhorem. “Tem que sentir no bolso”, comenta.

Fonte: Semob