Empresas de Prudente aderem aos poucos às alterações

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 01/11/2018
Horário 09:14
José Reis - Atualmente, Gráfica Cipola funciona com quadro de 44 funcionários
José Reis - Atualmente, Gráfica Cipola funciona com quadro de 44 funcionários

O impacto das alterações da reforma trabalhista ainda é pouco sentido em Presidente Prudente. Isso é o que afirma o advogado especialista em Direito do Trabalho, Fernando Batistuzo. O motivo, conforme explica, é pela cidade não ter problema com desempregos. Para a diretoria regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), o motivo para a baixa influência dá-se ao fato de serem alterações ainda muito recentes. Já que, de acordo com o diretor regional entidade, Wadir Olivetti Júnior, as empresas prudentinas ainda estão passando por fase de adaptação ou em busca daquelas alterações que se fazem necessárias no segmento e porte da atividade que desenvolvem.

Afirmação esta que se concretiza no Grupo Staner pelo menos. Responsáveis por nove empresas do segmento de eletrônica em Prudente e Regente Feijó, o grupo comporta um quadro de 369 funcionários. De acordo com a encarregada de RH (recursos humanos), Renata Galvão, as empresas ainda estão agindo com cautela em relação às novidades. O motivo, conforme expõe, é dar um prazo para que os funcionários compreendam as mudanças e se adaptem. “A única alteração que já fizemos foi quanto ao ponto. Agora firmamos acordo direto com o funcionário sem a intervenção do sindicato. A expectativa é gerar economia na folha de pagamento, principalmente por estarmos em um momento de crise”, frisa Renata.

A situação se repete na concessionária de veículos V. Muchiutt. De acordo com Osmar de Souza Rodrigues, responsável pelo Departamento Pessoal da empresa, avalia os pontos alterados como benéficos. Porém, ainda não aderiram a alguns – como funcionário intermitente - devido à falta de necessidade. “A única alteração que já fizemos há 4 meses foi o parcelamento das férias”, expõe. Entre os benefícios que já puderam analisar, destaca o menor prejuízo com a demanda de produção e a maior produtividade dos funcionários. “Antes ficavam 30 dias em casa, acabavam reclamando que ficavam ociosos, agora podem ter descanso mais vezes durante o ano”, pontua.

Enquanto isso, na Gráfica Cipola, as alterações não foram sentidas em nenhum aspecto. De acordo com o assistente administrativo, Júnior Gomes dos Santos, fazendo um panorama geral das alterações, a que mais iria interferir positivamente é a questão da não obrigatoriedade de contribuição sindical. “Mesmo assim ainda ajudamos, de forma opcional”, explica. Outro item que chegaram a pensar em implantar foi a questão do funcionário intermitente, porém, a ideia ficou no papel, pois não iria compensar. “Não temos uma demanda fixa, tem vezes que precisamos de bastante mão de obra, tem meses que nem tanto, então é melhor continuarmos apenas com nossos 44 funcionários fixos”, acentua.

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