Exonerações de médicos caem 33,3% na rede municipal em PP

PRUDENTE - ANNE ABE

Data 17/01/2018
Horário 11:29

As exonerações de médicos, em Presidente Prudente, apresentaram decréscimo de 33,3% em 2017, se comparado com o ano anterior. Conforme informações do site da Prefeitura, na seção de Leis e Decretos, no ano passado, dez profissionais se desligaram do cargo, contra 15 em 2016, sendo a maioria na função de clínico geral e socorrista.

Os desligamentos dos cargos de médico são justificados pelo descontentamento dos profissionais quanto ao não atendimento dos pleitos por melhorias nas condições de serviço, segundo o advogado do Sindicato dos Médicos de Presidente Prudente, Teddy Negrão. Ele explica que os pedidos são referentes a um melhor plano de carreira, reajuste salarial e maior segurança nas unidades de saúde. “Até hoje, nada foi atendido, então, os médicos estão descontentes e provavelmente mais profissionais vão pedir exoneração”, complementa.

Outro motivo apontado pelo advogado é uma “ofensiva do MPE (Ministério Público do Estadual), que enviou ofício aos profissionais, propondo que realizem a assinatura de um termo de ajustamento de conduta”. “O termo propõe que devolvam valores recebidos, que acusam terem sido pagos de forma errada. Isso causou indignação nos médicos, pois não concordam e se sentem injustiçados”, explana. O termo é referente a uma ação civil pública, promovida pelo órgão em 2014, quando ocorreu uma investigação de profissionais que tentaram “burlar” o ponto biométrico, se ausentando do serviço.

Segundo o advogado, “todos os médicos já se defenderam ao inquérito civil e negaram a prática da atividade”. Ele complementa dizendo que, oficialmente não foram informados da quantidade de médicos exonerados, mas acredita que seja em torno de 20% a 30% do funcionalismo público.

Sobre as exonerações, o responsável pela SMS (Secretaria Municipal de Saúde), Valmir da Silva Pinto, declarou que apenas responde pelo ano de 2017. Dessa forma, considera que os desligamentos são “normais”, sendo motivados pelo descontentamento com o serviço prestado ou por busca de melhores opções.

“Entrei no ano passado e teve poucas exonerações, que fazem parte de um processo natural e normal. Tivemos algumas exonerações quando implantou o ponto biométrico, pois alguns médicos não concordaram. Mas já foram contratados outros e não está faltando médicos”, afirma.

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