Expectativa de área plantada de milho cai 42,6% na regional de PP

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 21/02/2015
Horário 09:43
 

A expectativa da área a ser plantada em milho na região de Presidente Prudente caiu 42,6%, de acordo com o segundo levantamento das Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, realizado em novembro do ano passado e divulgado no final de janeiro deste ano pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola) e pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral). Como noticiado por este diário, o primeiro levantamento estimava uma área de plantio de 27.543 hectares na região, o que seria um acréscimo de 11.574 hectares em relação à área plantada na safra 2013/14, de 15.969 hectares. No entanto, no levantamento mais recente, a expectativa reduziu e chegou a uma quantia semelhante à área plantada em 2013/14, de 15.787 hectares, sendo 2.956 no EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Dracena, 9.015 no EDR de Prudente, e 15.787 no EDR de Presidente Venceslau.

Para o diretor do EDR de Dracena, Luís Alberto Pelozo, a razão da queda na previsão do plantio de milho se deu por um desestímulo de forma geral nas culturas de ciclo curto plantadas na região, como a soja por exemplo - expectativa para a área de plantio da leguminosa no levantamento mais antigo era de 54.531 hectares e caiu para 53.381 hectares. A única exceção, segundo ele, é em relação ao amendoim, que é utilizado como rotação de cultura em áreas em que se planta cana-de-açúcar. "Planta-se a semente para recuperar o solo e então voltam a plantar a cana", explica. A região de Prudente segue como a segunda no ranking das maiores produtoras de amendoim, e a provável área a ser plantada aumentou no novo levantamento: foi de 13.574 ha para 13.939 ha.

Outra cultura que teve queda na área de plantio foi o algodão, passando de 1.905 hectares para 1.659 hectares, no segundo levantamento da Cati e do IEA. Para o diretor-técnico do EDR de Presidente Prudente, João Menezes de Souza Neto, houve um desestímulo na produtividade dessa cultura na região, visto que a cultura não foi muito rentável por problemas climáticos, devido à seca da última safra. "Alguns produtores ficaram frustrados, porque o algodão envolve investimento, e desistiram", pontua. Conforme o diretor, algo que também influencia na baixa rentabilidade do algodão é a competitividade com o Mato Grosso do Sul, onde a produção é toda mecanizada.
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