Exposição une ciência, arte e tecnologia até domingo no Matarazzo

As imagens são originalmente captadas em preto e branco, e então colorizadas digitalmente, dando origem à Nanoarte no Brasil.

VARIEDADES - Aline Martins

Data 30/07/2014
Horário 09:00
 

Segue até domingo, a Semana de Exposição Nanoarte do Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente, uma idealização do campus prudentino da Unesp (Universidade Estadual Paulista). A entrada é franca. Nanoarte é uma manifestação artística recente, oriunda da intersecção entre ciência, arte e tecnologia. O evento iniciou na noite de anteontem com vernissage e a presença de autoridades.

As imagens capturadas mostram diferentes formas geométricas que representam a organização atômica da matéria e definem as propriedades dos materiais utilizados em diferentes âmbitos tecnológicos, como, por exemplo, processadores e memórias de computadores, lasers, telas de TVs, celulares, entre outros. As imagens são originalmente captadas em preto e branco, e então colorizadas digitalmente, dando origem à Nanoarte no Brasil.

Conforme Silvio Rainho Teixeira, professor e um dos organizadores do evento, a Nanoarte é uma divulgação para a faculdade. "Por incrível que pareça, muitos não sabem que Presidente Prudente conta com uma universidade pública. Os aspirantes à faculdade não conhecem os cursos que existem. Temos laboratórios equipados, diversos artigos publicados em revistas nacionais e internacionais. Tem muita coisa que as pessoas desconhecem", destaca.

As obras da Nanoarte são idealizadas por técnicos e pesquisadores do INCTMN/CNPq (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia) e CDMF (Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais). Nanoarte é uma expressão artística que surgiu a partir das pesquisas na área de nanotecnologia, tem aproximadamente 30 quadros expostos no local. Também são projetadas mais imagens, acompanhadas por música clássica. "Nanoarte é a divulgação da ciência através da arte", destaca.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Unesp de Prudente, as imagens são obtidas, em preto e branco, com a utilização de um microscópio de altíssima resolução — isto significa aumento de 50 a 60 mil vezes. Durante certo período de tempo, são catalogadas e selecionadas. Depois são coloridas em um programa específico de computador e, posteriormente, é definida a trilha sonora.

As fotos que tenham alguma associação com imagens comuns do cotidiano são selecionadas para serem produzidas. A arte e a animação dos vídeos, bem como a inserção de cores e da trilha sonora, são feitas pelo técnico em microscopia eletrônica, Rorivaldo de Camargo - presente no evento -, e pelo aluno de pós-graduação Ricardo Tranquilin, ambos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnoogia, da Universidade Federal de São Carlos.

Através da assessoria, Tranquilin e Camargo explicam que a ideia de iniciar o projeto da Nanoarte surgiu da necessidade em desmistificar o estereótipo de que a ciência é algo incompreensível. "Procuramos mostrar o quanto a ciência pode ser bela. Quanto mais pessoas tiverem acesso a esse tipo de exposição, conseguiremos despertar esse interesse para que percebam que a ciência faz parte do dia a dia delas", informam.

A Nanoarte já esteve em diversas cidades do Brasil e do mundo, como São Carlos (SP), Franca (SP), Natal (RN), Tatuí (SP), Brasília (DF), Nova Iorque (EUA), San Sebastian (Espanha), Castellón (Espanha) e Tel Aviv (Israel).

 

Programação


Entre hoje e sexta-feira, a partir das 9h, tem música erudita no espaço e, às 10h, 15h e 20h, teatro de física e química. No sábado e domingo, às 9h, tem tenda de ciências. Às 10h e 15h ocorre teatro de física e química.

 
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