Extintor ABC ainda é difícil de ser encontrado

Uma das unidades da rede de postos Prudentão ficou um mês sem o produto, mas possui o item, atualmente, há cerca de 15 dias. “Ainda não estamos em falta, mas a procura é alta. Não sabemos até quando", conta Kielsin Pinoti, sócio-proprietário do posto.

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 19/06/2015
Horário 09:23
 

O extintor ABC ainda é difícil de ser encontrado, em Presidente Prudente, assim como em boa parte de todo o país. O Imparcial realizou uma pesquisa e consultou cinco estabelecimentos, entre lojas especializadas e postos de combustíveis. Somente dois, uma loja e um posto, tem o produto disponível. E nestes, a saída é grande, e logo volta a faltar. O Rei dos Extintores é um dos estabelecimentos. Segundo Paulo Cesar dos Santos Bergara, proprietário da loja, a situação está melhor que no início do ano, mas tem dado somente para suprir a necessidade. "Do final de março para cá, conseguimos adquirir lotes com mais frequência e temos atendido na medida", relata. O prazo para a exigência do modelo foi novamente prorrogado. Desta vez, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabeleceu a obrigatoriedade do uso para 1º de outubro.

Outra loja, o Mata Fire Extintores, está sem o equipamento há dois meses. "Faz tempo que não conseguimos comprar. Nosso último lote foi vendido em uma semana", comenta a funcionária Marli Magno. A Casa dos Extintores também está com um problema semelhante. Segundo Silvana Landon, proprietária, a disponibilidade de compra dos extintores melhorou, mas não há nenhuma unidade para a venda hoje. "A venda é rápida. Chega em uma semana, e na seguinte não temos mais. A previsão é de recebermos outra remessa a partir do dia 25", explica.

Jornal O Imparcial Prazo para obrigatoriedade do uso do extintor ABC foi novamente prorrogado

Uma das unidades da rede de postos Prudentão ficou um mês sem o produto, mas possui o item, atualmente, há cerca de 15 dias. "Ainda não estamos em falta, mas a procura é alta. Não sabemos até quando", conta Kielsin Pinoti, sócio-proprietário do posto.

Já a Extintores Presidente é outra que continua em falta com o produto. A funcionária Valdirene Inácio Barbosa relata que tinha o equipamento há duas semanas, mas não há nenhum exemplar para ser comercializado nesta semana. "Recebemos, mas acaba rápido e passamos o restante do mês sem", completa.

O problema, de acordo com os comerciantes do segmento, é que as fábricas não têm conseguido produzir em quantidade suficiente para abastecer todo o setor. Os revendedores acreditam que leve um ano para regularizar a situação. "As fábricas não têm dado conta do recado", acrescenta Silvana Landon, da Casa dos Extintores.

O extintor ABC apaga incêndios em materiais sólidos como pneus, estofamentos, tapetes e revestimentos. O equipamento substituiu o extintor BC, que apaga incêndio em materiais elétricos energizados, como bateria de carro e fiação elétrica, e também nos combustíveis líquidos, óleo, gasolina e álcool, materiais também recomendados para o ABC. Os valores nos estabelecimentos variam de R$ 100 a R$ 160.

 

Prorrogação


Em virtude da falta do equipamento, o Ministério das Cidades prorrogou por mais 90 dias o prazo para a obrigatoriedade de uso nos veículos. O último prazo seria 1º de julho, mas a pasta pediu que o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) alterasse a data. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito), por sua vez, estabeleceu novo prazo para 1º de outubro.

A multa pela falta do extintor começaria em 1º de janeiro deste ano, mas o Denatran adiou para abril e, posteriormente, para julho. Quando a obrigatoriedade entrar em vigor, circular sem o extintor do tipo ABC será infração grave, com multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na carteira de habilitação.
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