Familiares recebem atendimento

REGIÃO - ANNE ABE

Data 17/08/2017
Horário 13:52

A crise que se instaurou na Venezuela fez com que seus cidadãos solicitassem refúgio em outros países. Com isso, o Brasil concentra o segundo maior número de solicitações, com total de 12.960 pedidos, conforme informado pela Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). Tendo isso em vista, uma família, composta por cinco venezuelanos, encontraram em Narandiba um local de conforto.

Os imigrantes são naturais de Caracas, capital da Venezuela, e vieram ao país para fugir do regime comunista de seu país, que tem privado a população até de adquirir alimentos e atendimentos de saúde de qualidade. “Levávamos uma vida de classe média alta, largamos tudo por causa da situação do nosso país e pelo governo, que nos deixou sem nada. É difícil ter que deixar sua vida, seu país, sua cultura e crença, tudo muda”, declara a matriarca Yajaira Marcano, 61 anos.  

Em Narandiba, a família foi atendida pela assessora do prefeito, Grismar Mariotto da Silva, a qual conta que os familiares passavam necessidades, principalmente, referentes à saúde, moradia e, ainda, financeiras. Para tentar reverter a situação, eles foram encaminhados ao Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e Grismar os auxiliou na busca por empregos, que não conseguiam devido a sua nacionalidade. “Muitos tinham receio em contratá-los, mas os currículos deles são excelentes”, afirma.

O auxílio à saúde veio após o início do acompanhamento realizado pelo Cras, onde foram atendidos pela assistente social Gisele Fabiana Aguiar. A profissional relata que os imigrantes, quando chegaram à cidade, estavam “muito debilitados” e necessitando de remédios, principalmente o filho mais velho, que havia sofrido um acidente, e, ainda, possui diabetes e hipertensão, causados pelo estresse passado. “Os moradores também ajudam bastante, um cedeu uma casa para morarem, outros doam alimentos”, explica.

Acolhidos pela comunidade, a família passou a frequentar a Paróquia São Francisco de Paula, onde foi atendida pelo pároco Rafael Contini Quirino. Segundo ele, no primeiro momento, apesar de não compreender completamente o que os venezuelanos diziam, eles relataram terem saído de seu país devido às “condições precárias”, mas, ainda assim, estavam com saudades. Para colaborar, o religioso solicitou orações e ajuda a esses novos membros da comunidade.

Um fato que marcou a memória do pároco ocorreu no dia da missa do Dia das Mães deste ano, quando Yajaira leu uma carta destinada às mães venezuelanas que ainda estavam vivendo em meio às dificuldades do país. “Foi uma atitude muito bonita, a carta em si era muito bonita. Não falava nada de questões politicas, apenas homenageava as mães”, lembra.

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